Imprensa fala de fichas de 759 dos 779 presos que passaram pela prisão.
'El País', 'The New York Times' e 'Washington Post' divulgam informações.
O jornal espanhol "El País", e os jornais norte-americanos "The New York Times" e "Washington Post" publicam em suas páginas na internet entre a noite de domingo (24) e o início desta segunda-feira (25) informações detalhadas sobre a prisão militar de Guantánamo, em Cuba. Os três veículos falam das fichas de 759 dos 779 presos que passaram pela prisão. As informações foram obtidas pelo site Wikileaks.
"759 relatórios secretos revelam os abusos em Guantánamo. Os documentos mostram que a principal finalidade da prisão foi explorar todas as informações dos presos, apesar da reconhecida inocência de muitos deles. 60% foram levados para a base militar sem ser uma ameaça provável", diz o "El País".
De acordo com o jornal, há casos que sequer o governo dos EUA sabe os motivos que alguns dos prisioneiros foram levados a Guantánamo, e outros que há conclusões de que o preso não oferece perigo algum, como um pai que foi buscar o filho na frente do Taleban, um comerciante que viajava sem documentação e um homem que estava pedindo carona para comprar remédios.
O The New York Times cita que "os documentos secretos revelam que a maioria dos 172 presos restantes são classificados como de "risco elevado" por constituir ameaça para os Estados Unidos e seus aliados se forem libertados sem adequada reabilitação e supervisão. Mas eles também mostram que um número ainda maior de prisioneiros que deixou Cuba - cerca de um terço dos 600 já transferidos para outros países - também foram classificados como de "alto risco" antes de serem libertados".
O The New York Times afirma que "os documentos foram obtidos pelo Wikileaks no ano passado, mas foram fornecidos para o The Times por outra fonte".
Os demais veículos afirmam que tiveram acesso aos documentos junto com outros meios internacionais e por meio do Wikileaks.
O El País diz que o Pentágono divulgou uma declaração lamentando a publicação dos documentos secretos por conta da sensibilidade à segurança dos EUA.
Do: G1
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