segunda-feira, 30 de maio de 2011

LÍBIA - EMBAIXADOR LÍBIO ACUSA CIA DE COMPLÔ


Em palestra na tarde de terça-feira, 24 de maio, na sede da ABI, no Centro do Rio, o Embaixador da Líbia no Brasil, Salem Omar Zubeidy, disse que a CIA está por trás das rebeliões que ocorreram no país nos últimos meses. Segundo ele, o primeiro levante, ocorrido no dia 17 de fevereiro, foi planejado com a colaboração da agência de inteligência norte-americana:

Soubemos que a CIA levou dois meses para agitar essas pessoas (os rebeldes), levá-los às delegacias e aos quartéis para roubar armas pesadas e promover a rebelião contra o sistema. Foi isso o que aconteceu em Benghazi, na parte Leste, onde se encontra a

maioria islâmica do país e grande parte dos opositores que moravam nos Estados Unidos e tornaram-se agentes da CIA, disse Salem Omar Zubeidy.

Salem Omar Zubeidy acusou também a CIA de financiar algumas páginas na internet

que fazem campanha contra o Governo Khadafi. Segundo ele o Governo da Líbia depois de uma investigação o Governo da Líbia chegou à conclusão de que as

mensagens estão vinculadas a pessoas de diferentes partes do mundo que recebem financiamento da CIA:

— No nosso esforço de abertura nacional, para a opinião pública, pensávamos que eram líbios que viviam no exterior e que desejavam, apenas, uma nova janela de expressão na Líbia, através de um novo plano para futuro. Mas descobrimos que trabalhavam para a CIA, afirmou o diplomata.

Disse o embaixador que depois do movimento que levou Khadafi ao poder, em 1969, muitas dessas pessoas, que atualmente lutam contra o seu Governo, se transferiram para os Estados Unidos. Nesse grupo estão membros da Irmandade Islâmica que tentaram implantar um regime islâmico na Líbia, para impor ao país normas de acordo com os seus próprios padrões, embora o grupo dirigido por Kadafi tivesse tomado algumas

medidas que se encaixam nos seus princípios religiosos, como a proibição do álcool e o fechamento de bares. Salem Omar Zubeidy afirmou que a Irmandade Islâmica tinha integrantes que pertenciam ao partido de Saddam Hussein:

— Alguns eram do partido de Saddam Hussein, queriam controlar o país. Os comitês revolucionários se tornaram parte do movimento ideológico, mas deixaram a Líbia e retornaram agora para fazer parte da rebelião, declarou o embaixador.

O Embaixador da Líbia fez duras críticas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que na sua opinião deveria concentrar todas as decisões e encontrar uma saída para o conflito. Disse o embaixador que ao deixar que o Conselho delibere sobre as resoluções a ONU dá uma demonstração de que não estava apta a lidar com a segurança e a paz no mundo, e deu como exemplo o assassinato de líderes na África e na América Latina

— Nesses casos a ONU nada fez, e isso acontece desde 1945. A organização foi inoperante na prevenção contra guerras, nunca solicitou investigações nos países ocupados, entre outros pontos, declarou Salem Omar Zubeidy,

Ele acha que o Conselho de Segurança da ONU deveria ter a participação de vários Estados nacionais, mas que é dominado por cinco países sob a liderança dos Estados Unidos.

Retrospecto

O Embaixador Salem Omar Zubeidy compareceu à ABI a convite da Comissão
de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Casa, numa iniciativa articulada pelo Conselheiro Mário Augusto Jakobskind. No início da sua palestra (realizada em inglês, com o auxílio de uma intérprete, porque o embaixador alegou dificuldade para se expressar em português) ele agradeceu a oportunidade de “poder conversar com um segmento do povo brasileiro, e, particularmente, os progressistas da imprensa” (referindo-se à ABI).

Antes de entrar em detalhes sobre os últimos acontecimentos que vêm ocorrendo na Líbia, Zubeidy fez um retrospecto histórico sobre o seu país, localizado no Norte da África

— A Líbia é um lugar que fica no centro das civilizações, conectando a Ásia à América Latina e a Europa à África. Portanto, sempre foi um objeto de invasões de diferentes civilizações, que acabaram enriquecendo a nossa cultura, disse o embaixador.

Mas Zubeidy fez questão de ressaltar que as relações com os estrangeiros nem sempre foram amistosas. Segundo ele, devido à importância da Líbia no continente africano, os invasores queriam usar o país como fornecedor de recursos. “Isso vinha acontecendo desde os fenícios, continuou com os romanos, turcos, espanhóis e os italianos”, disse o embaixador.

De acordo com o Embaixador Salem Omar Zubeidy uma das lutas mais difíceis travadas pela Líbia foi contra a colonização italiana, que durou 132 anos. Disse o convidado que ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o país tornou-se protetorado dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Em 1951, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) a Líbia tornou-se independente. A independência foi alcançada em 24 de dezembro daquele ano, um reino foi constituído e o trono foi assumido pelo Rei Idris I.

Idris I governou a Líbia até 1º de setembro de 1969, quando foi derrubado pela revolução liderada por Muanmar Khadafi. Segundo Salem Omar Zubeidy, o reinado do primeiro rei da Líbia foi desastroso e causou muita insatisfação em vários segmentos da população:

— Ele concedeu cinco bases militares aos Estados Unidos, três à Grã-Bretanha na parte leste e permitiu a entrada na Líbia de mais de meio milhão italianos. O seu sistema de Governo era corrupto, as decisões políticas eram tomadas fora do país pelos italianos que tinham líbios trabalhando para eles em suas fazendas. Isso causou muita
insatisfação, afirmou Salem Omar Zubeidy.

Contrariando a teoria da Oposição e dos observadores internacionais, Salem Omar Zubeidy disse que no sistema de Governo de Muanmar Khadafi, que completou 42 anos no poder, toda a autoridade legislativa e executiva repousa nas mãos do povo:
— Politicamente, desde 1977, o país é controlado pelo povo líbio, por meio das Assembléias Populares que tomam as decisões legislativas e os Comitês Populares, que são selecionados livremente pela população. São esses organismos que levam a cabo as decisões de organizações de base, em níveis local, regional e nacional, afirmou o embaixador.

De acordo com Salem Omar Zubeidy, um ano depois do golpe todas as forças estrangeiras foram expulsas da Líbia. Com isso foi retomada a direção da economia do país, cujo monopólio era dos italianos. A revolução nacionalizou os bancos e as empresas estrangeiras, principalmente aquelas ligadas à indústria do petróleo.

Disse o embaixador que a luta pela libertação da Líbia significava também que os países árabes teriam que ser libertados assim como os Estados africanos, de maneira a assegurar apoio aos movimentos de libertação em todo o mundo, a exemplo do que aconteceu na própria África, na Ásia e no Leste europeu.

Um dado curioso revelado por Zubeidy é de que um dos princípios que nortearam a revolução é de que se tratava de um movimento nacionalista que pretendia servir de exemplo para outros países colonizados tanto na África, quanto no Oriente Médio. Isso levou a Líbia a financiar o movimento palestino com verbas e treinamento até que a Palestina decidiu conversar sobre a paz com Israel, país que o Governo líbio se recusa a reconhecer como um Estado nacional:

— Não pelo fato de serem judeus, mas porque consideramos um Estado racista que está invadindo parte dos países árabes. Apesar de os palestinos estarem conversando com Israel que ainda está bombardeando casas na Palestina. Não existe nenhuma intenção de paz, afirmou Zubeidy.

Armas e cooperação

Em um trecho da sua palestra Salem Omar Zubeidy tocou em um ponto que tem sido motivo de preocupação das principais nações do Ocidente: os programas de armas de destruição em massa. Disse que o Governo líbio chegou à conclusão de que esse tipo de armamento não deve mais ser utilizado, por isso a Líbia deixou de dar ajuda a programas desse gênero.

O que influenciou essa tomada de decisão teria sido o medo de Kadafi de ter o mesmo destino de Saddam Hussein. Então, desde 1988, o país não faz mais esse tido de investimento, segundo o embaixador:

— A decisão de abandonar os programas de armamentos foi baseada na cooperação com o Ocidente. Em troca eles nos dariam energia para fins pacíficos e ajuda em projetos econômicos. Além dos programas de cooperação com outros países africanos, assinamos vários acordos com o Ocidente, Oriente e América Latina, incluindo o Brasil, por meio da Petrobras e das construtoras Odebrecht e Queiroz Galvão, declarou Zubeidy.

Essa iniciativa de abertura de diálogo foi lucrativa para a Líbia, que passou a fazer parte da comunidade internacional, alcançando investimentos na área de infra-estrutura no valor de US$ 400 milhões.

Mas o embaixador reclama que mesmo a Líbia tendo desistido dos programas de armamentos, permitido a entrada no país de delegações de investidores estrangeiros e promovendo a liberdade de expressão, “o mundo ocidental inventou um novo motivo para a atacar o país, porque expulsamos as bases estrangeiras do nosso território”.

Esse foi o motivo que levou Khadafi a criticar a ONU “por não estar fazendo o seu trabalho”. Segundo o embaixador, o Governo da Líbia reiterou suas críticas às Nações Unidas concentrando em um ponto: a cooperação Sul-Sul, que para os líbios deveria ser tão forte quanto a do Norte:

— Ao propor o uso de recursos para esse desenvolvimento, Kadafi não estava se confrontando com a Otan. Ele propôs uma cooperação em relação à segurança e à paz no Sul. No ano passado promovemos mais de três cúpulas na Líbia nesse sentido. Uma entre os países árabes, um encontro da Europa com a África e a cúpula com os países asiáticos, afirmou Zubeidy.

Salem Omar Zubeidy adiantou que em setembro de 2011 haverá uma cúpula da
África com a América do Sul na Líbia. Uma das propostas que será apresentada pelo seu país no encontro é a criação dos Estados Unidos da África, que seria um órgão dedicado a cuidar dos assuntos externos de interesse dos países do continente, com um Banco Central e uma moeda única, além de uma força militar própria para cuidar da defesa

— Na última cúpula da União Africana, Khadafi já se manifestava em favor da criação dos Estados Unidos da África, visando a melhorar a competição com outros hemisférios. Uma vez que esse tipo de Governo venha a se tornar mais competitivo com os Estados Unidos, eles teriam menor poder político, disse o embaixador.

Al-Jazeera

Segundo Zubeidy, as críticas manifestadas por Khadafi na ONU contribuíram para que se “reinventasse” o ódio contra ele. Citando as rebeliões deflagradas na Tunísia e no Egito, o embaixador disse que os levantes semelhantes que ocorreram na Líbia são fruto de uma conspiração:

— Não sabíamos que as intenções com relação a nós eram piores do que na Tunísia e no Egito. Foi uma conspiração iniciada em 2009, depois do discurso de Khadafi na ONU. O verdadeiro motivo é calar o seu sistema, disse o diplomata.

Zubeidy disse que não se pode comparar as motivações das rebeliões que ocorreram na Tunísia e no Egito com o que vem acontecendo a Líbia, porque as populações daqueles países não têm sido atendidas nas suas necessidades básicas, e por isso estão lutando por melhores condições de vida:

— Na Líbia é diferente. As condições são melhores e os padrões de vida da população são mais altos. Basta olhar os índices econômicos internacionais e comparar com os da Líbia que são considerados os melhores da África e do mundo árabe. Incluindo que a saúde e a educação são gratuitas. Os líbios estão orgulhosos do seu país, disse o embaixador.

Para Zubeidy é um grande erro insistir na comparação da rebelião que eclodiu na Líbia com as que ocorreram no Norte da África e no Oriente Médio. E novamente acusou a CIA de ter-se aproveitado da realização de uma manifestação pacífica na cidade de Benghazi, em frente ao Consulado italiano, para insuflar os manifestantes, em um triste episódio que contou com a participação de atiradores de elite que dispararam contra as pessoas.

O embaixador argumentou que a Líbia está enfrentando duas guerras: uma com a mídia e a outra com a rebelião. Ele acusa a rede de televisão Al Jazeera de estar por trás de um desses conflitos:

— A guerra da mídia é capitaneada pela Al Jazeera e começou desde o início a enviar notícias falsas e fabricação de dados e imagem indicando que o Exército líbio estava matando pessoas em Benghazi. Diziam que os líbios seriam dizimados se o Conselho de Segurança da ONU não interviesse na questão. Essa guerra da mídia não é sem propósito, foi parte de uma conspiração porque a Liga Árabe, através do Catar e Emirados Árabes, sede da Al Jazeera, foi constituída para estabelecer desunião entre árabes e israelitas, afirmou Salem Omar Zubeidy.

De acordo com Zubeidy, o principal objetivo dessa estratégia é pressionar a Líbia. Ele acusou também os príncipes do Golfo Pérsico, chamando-os de “fantoches dos americanos, que se tornaram parte da conspiração, que começou com a Al Jazeera e contaminou a mídia ocidental”, que passou a reproduzir as informações que eram passadas pelo canal de TV”.

Ataque

Referindo-se aos conflitos armados na cidade de Benghazi, o embaixador líbio disse que havia um acordo para que fosse evitado um massacre de civis na parte Leste do país, e que caberia ao Conselho de Segurança da ONU estabelecer uma zona de proteção. Segundo Zubeidy, esse acordo não foi cumprido. Caberia à Liga Árabe tentar soluções pacíficas para o conflito, caso isso não funcionasse a organização deveria recorrer à União Africana, entre da região para ajudá-la nesse sentido.

Disse o diplomata que no caso da Líbia, diferentemente do que ocorreu no Iêmem e no Barein, onde, primeiramente, foram tentadas negociações e meios pacíficos, o então Secretário Geral da Liga Árabe, o líbio Abdel Monein Alhoni, influenciado pelos xeiques do Golfo, sem o voto da maioria, recorreu ao Conselho de Segurança da ONU, afirmou:
— O Conselho não enviou um representante para fazer a devida verificação do que estava acontecendo, porque o representante da Liga Árabe era parte da conspiração na ONU. Ele dizia que o povo no seu país estava sendo assassinado. Então o Conselho da ONU decidiu pensando que as pessoas estavam sendo eliminadas, afirmou Zubeidy

Ele acrescentou que a Líbia não pode recorrer porque o representante da própria Líbia, na ocasião, tinha votado pela implantação da medida. O embaixador negou que os aviões líbios tenham feito ataques a alvos civis em Benghazi, afirmando que as acusações e os fundamentos das resoluções da ONU que foram adotados são falsos.

Zubeidy disse que é responsabilidade do Estado manter a ordem no país, e mais uma vez falou que a rebelião é uma conspiração. Como prova, ele disse que o Governo da Líbia descobriu há uma semana o envio aos rebeldes de armamentos militares vindos do exterior:

— Os rebeldes invadiram as cidades onde estão as refinarias de petróleo, os portos e as regiões do Oeste da Líbia. Quando descobrimos a conspiração queríamos libertar essas cidades, declarou.
Zubeidy voltou a atacar a mídia, dizendo que infelizmente esses fatos não são mostrados pelos veículos internacionais, inclusive reclamou da postura de alguns jornais brasileiros.

— Em Brasília eu leio o Correio Braziliense todos os dias e desde o assassinato do filho de Khadafi, e de alguns membros da sua família, a imprensa ocidental não escreveu nada sobre a Líbia, pelos menos o Correio não o fez. Os fatos só estão sendo noticiados pela BBC e pela Russian Today, mas o resto não tem interesse nisso. O que inicialmente começou como uma zona de exclusão aérea é agora um bombardeio diurno e noturno da Líbia. Houve inclusive uma tentativa de assassinato do irmão do Khadafi, para promover

José Reinaldo Marques
De: Pátria Latina

LÍBIA - PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL, JACOB ZUMA VISITA A LÍBIA NA TENTATIVA DE INTERMEDIAR CONFLITOS


El presidente sudafricano, Jacob Zuma, está en Libia para mediar entre Muammar Kaddafi y la insurgencia

El presidente sudafricano, Jacob Zuma, llegó hoy a Libia para mediar en el conflicto entre el líder Muammar Kaddafi y la insurgencia rebelde, en calidad de representante de la Unión Africana.

La visita a Trípoli del mandatario africano se produce tres días después de que los líderes del G-8 instasen a Kaddafi a que abandone el poder.

Los analistas regionales consideran que sus perspectivas de éxito son reducidas, dado que los rebeldes insisten en la dimisión de Kaddafi y en su procesamiento judicial.

Según el gobierno sudafricano, los objetivos de la visita de Zuma incluyen la negociación de un alto el fuego inmediato, permitir la distribución de ayuda humanitaria a la población y la puesta en marcha de las reformas que eliminen las causas del conflicto.

La oficina del presidente Zuma rechazó ayer las informaciones de que el viaje se centrase en una estrategia para conseguir la salida de Kaddafi del poder y señaló que la visita se enmarca en los esfuerzos de la Unión Africana (UA) para poner fin al conflicto.

Según la televisión libia, Zuma abordará la implementación de la “hoja de ruta” de la UA para la paz.

El presidente sudafricano no fue recibido por Kaddafi en el aeropuerto y en su lugar acudió el jefe de gobierno, Al Bahdadi al Mahmudi, y el ministro del Interior, Abdelati al Obeidi, informó la agencia de noticias DPA.

En la pista de la terminal aérea fue colocada una alfombra roja y un grupo de niños que coreaba “Queremos a Kaddafi”, mientras ondeaban banderas verdes del régimen y fotografías del coronel, informó por su parte la cadena televisiva Al Jazira.

Fuente: Telam

quarta-feira, 25 de maio de 2011

SIONISTAS TENTAM CRIMINALIZAR O PCB E CASSAR O REGISTRO DO PARTIDO NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL



Nota Política do PCB

Fomos informados de que uma entidade chamada CONIB (Confederação Israelita do Brasil) teria formalizado, no início deste mês, representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro), junto ao TSE, alegando prática de “antissemitismo”, por ter a página do partido na internet publicado artigo denominado “Os Donos do Sistema: o Poder Oculto; de Onde Nasce a Impunidade de Israel”.

Na apresentação de seu portal, a entidade se assume sionista, posiciona-se “na linha de frente do combate ao antissemitismo” e oferece “links” para todas as organizações sionistas de Israel, dos Estados Unidos e de âmbito mundial ou nacionais, a imensa maioria de direita.

Apesar de ainda não conhecermos os termos da representação (não divulgada pela entidade), inferimos que sua verdadeira intenção é tentar cassar o registro do PCB, como se se fosse possível calar a voz dos verdadeiros comunistas brasileiros. Nosso partido – o mais antigo do Brasil, fundado em 1922 - foi escolhido criteriosamente para esta ofensiva por razões que nos orgulham. Além de lutarmos pela superação do capitalismo, praticamos com firmeza e independência o internacionalismo proletário, a solidariedade a todos os povos em luta contra o imperialismo e o sionismo, cujo significado não se refere ao seu conteúdo original, mas ao caráter atual do movimento, hegemonicamente fascista e imperialista.

A nosso ver, trata-se de uma ação política, muito mais do que jurídica.

O texto que provocou a reação da CONIB é de autoria do jornalista argentino Manuel Freytas, divulgado originalmente no sítio eletrônico IAR Notícias, e reproduzido mundialmente em pelo menos mais de trinta portais progressistas e anti-imperialistas, listados ao final desta nota.

Segundo a apócrifa nota publicada pela citada CONIB (www.conib.org.br), o texto se utiliza “de imagens apelativas, distorções da realidade e argumentos conspiratórios e claramente anti-semitas”, revelando “alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional”, por repetir (agora no século 21!) chavões da obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século 19”. Assim, o PCB é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.

Termina a nota afirmando que a representação baseia-se na Lei Orgânica dos Partidos Políticos, com a “finalidade de evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”.

Diante deste fato, o PCB vem a público se pronunciar:

1 – O PCB não se intimidará diante da pressão de organizações sionistas de direita e continuará prestando ampla, geral e irrestrita solidariedade ao povo palestino, vítima da escandalosa impunidade de Israel, tema do artigo considerado ofensivo. Desrespeitando todas as Resoluções da ONU, o estado israelense continua ampliando a ocupação de territórios dos palestinos, derrubando suas casas, criando o chamado “Muro do Apartheid”, invadindo e cercando a Faixa de Gaza, onde impede a entrada de ajuda humanitária (inclusive alimentos e medicamentos), assassinando e prendendo militantes palestinos, mantendo mais de 11.000 deles em condições abjetas em seus cárceres. Mais do que isso, continuaremos a denunciar que Israel se transformou numa enorme base militar norte-americana no Oriente Médio. O país é o primeiro destino da ajuda militar estadunidense no mundo e o único do Oriente Médio a ter direito a armas nucleares, sem permitir a inspeção internacional que exige de outros países.

2 – Esta ofensiva contra o PCB se deve ao fato de que apoiamos e participamos dos diversos Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino que se consolidam e se multiplicam pelo Brasil. No nosso portal, este texto foi escolhido aleatoriamente, pois com uma simples pesquisa se pode verificar que ali os artigos e informações sobre a luta contra a política terrorista do Estado de Israel se contam às centenas, muitos deles mais contundentes que o escolhido para ofender a liberdade de imprensa consagrada em nosso país e tentar intimidar e criminalizar o PCB. Publicamo-lo exatamente há um ano, mas só agora ele foi “descoberto”.

3 – É significativo que esta atitude intimidatória (que está se dando em vários países) ocorra no exato momento em que as duas maiores organizações políticas palestinas (Fatah e Hamas) anunciam a retomada de seus entendimentos e o desejo de dividir a responsabilidade pela administração dos territórios palestinos, que foram separados arbitrariamente pelas forças militares israelenses com o uso da violência e da ocupação.

4 – A unidade dessas duas organizações contraria os planos imperialistas de divisão sectária entre os palestinos – exatamente porque cria melhores condições para o reconhecimento internacional do Estado Palestino e para uma negociação pela paz na região -, tudo que Israel não deseja, apesar das reiteradas resoluções da ONU nesse sentido.

5 – Esta atitude arbitrária de perseguição política coincide também com a satanização do mundo muçulmano, este sim vítima de preconceitos e estigmatização, sem que a mídia burguesa se utilize de expressões como “anti-islamismo”, “anti-xiitismo”, “anti-sunitismo” etc. Coincide também com a proximidade da Assembleia Geral da ONU que, no próximo mês de setembro, discutirá o reconhecimento do Estado Palestino.

6 - Coincide ainda com a movimentação imperialista para ampliar seletivamente a agressão militar no Norte da África e no Oriente Médio, para além do Iraque e do Afeganistão. Coincide com a descarada intervenção militar na Líbia, com as provocações contra a Síria e o Irã, acusados de solidários aos palestinos e de apoio ao “terrorismo”.

7 - As raivosas declarações das autoridades israelenses sobre a unidade das citadas organizações políticas palestinas deixam em evidência que Israel não tem qualquer interesse na paz na região e muito menos na criação do Estado Palestino. Fica claro que o objetivo do sionismo é ocupar todo o território palestino, através dos assentamentos ilegais, transformando o antigo território palestino no que chamam de Grande Israel, para inviabilizar na prática uma decisão da ONU, de 1948 - da coexistência pacífica de dois Estados, no território até então exclusivamente palestino -, boicotada pelos israelenses há mais de sessenta anos!

8 – Não tememos qualquer processo judicial, porque conhecemos as leis brasileiras, que têm como cláusula pétrea constitucional o livre direito de expressão e a proibição da censura.

9 – Mesmo que prosperasse esta absurda afronta às liberdades democráticas, estamos certos de que teríamos a solidariedade firme e militante de centenas de organizações políticas e sociais e personalidades democráticas, não só do Brasil, mas de todo o mundo.

10 – Não há, em qualquer documento do PCB, qualquer intolerância religiosa, étnica e racial contra qualquer povo ou comunidade. Criticar a direita sionista não significa criticar a comunidade judaica que, no Brasil e no mundo, é composta também por militantes democratas, humanistas e comunistas, que lutam contra a política terrorista e imperialista do Estado de Israel e se solidarizam com o povo palestino. O PCB tem uma vasta e orgulhosa tradição, desde a sua fundação até os dias de hoje, de contar com militantes e amigos de origem judaica.

11 - Os comunistas, em todo o mundo, somos contra qualquer intolerância religiosa ou étnica, contra preconceitos e nacionalismos xenófobos, porque lutamos por um mundo de iguais, sem fronteiras, sem Estado, sem forças armadas, sem opressores e oprimidos. Não entendemos o que a CONIB quer dizer com a expressão “intolerância racial”, pois todos os povos pertencem à mesma raça humana. A não ser que assim pensem os que se acreditam pertencentes a uma “raça superior”, escolhida por alguma divindade.

12 - Os comunistas do mundo inteiro tiveram papel decisivo na luta contra o nazi-fascismo que vitimou dramaticamente os judeus, mas também a muitos outros povos. O povo russo, dirigido pelo Partido Comunista da União Soviética, foi o que entregou mais vidas em defesa da humanidade, mais de 20 milhões, principalmente de seus jovens.

13 – O sítio do PCB na internet é um espaço de difusão não apenas das opiniões do Partido, mas de outras organizações e personalidades com alguma afinidade política, porque objetiva também prestar informação e fomentar o debate sobre questões candentes, nacionais e internacionais. Na primeira página de nosso portal (www.pcb.org.br), deixamos claro que:

“Só publicamos nesta página textos que coadunam, no fundamental, com a linha política do PCB, a critério dos editores (Secretariado Nacional do CC). Quando não assinados por instâncias do CC, os textos publicados refletem a opinião dos autores”.

14 - Com o texto questionado pela central sionista brasileira temos uma identidade política, na medida em que ele denuncia a impunidade de Israel, os massacres que este Estado comete contra o povo palestino, o seu importante papel econômico e militar no contexto do imperialismo. Publicamo-lo como contribuição a um debate necessário, ainda que algumas opiniões ali expostas possam diferir, em alguns aspectos, de nossa análise marxista da luta de classes no âmbito mundial. Para nós, o sionismo não é o “Comitê Central” do imperialismo nem o único “dono do poder”, mas sócio e parte importante de sua engrenagem, uma significativa linha auxiliar com forte lobby internacional, enorme peso na mídia hegemômica, na economia mundial e na máquina de guerra imperialista.

15 – Sem preocupação com ameaças de qualquer tipo, estamos aqui oficialmente oferecendo à direção da Confederação Israelita do Brasil o direito de resposta, no mesmo espaço em que divulgamos o artigo criticado, para que a entidade possa se contrapor aos argumentos expostos pelo autor do texto “Os Donos do Sistema”. Como certamente o texto da CONIB será uma exceção ao nosso critério da afinidade política, nos reservaremos o direito de publicá-lo com comentários de nosso Partido.

16 – Este convite, além de democrático, atende à preocupação da CONIB, embora injustificada, de que sua finalidade, ao adotar a medida judicial, é “evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”. Portanto, estejam à vontade para enviar ao nosso endereço eletrônico os seus pontos de vista.

17 – Esperamos também que a recíproca seja verdadeira, ou seja, que a CONIB publique em sua página a íntegra da presente nota política do PCB. Aproveitamos para sugerir que, no documento que nos mandarem, possamos conhecer suas posições em relação às Resoluções do último Congresso Nacional do PCB, a respeito do tema, e que transcrevemos aqui na íntegra:

“XIV Congresso Nacional do PCB (outubro de 2009):

DECLARAÇÃO DE APOIO À CONSTRUÇÃO DO ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR E LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO:


1) Pelo fim imediato da ocupação israelense nos territórios tomados em 1967, fazendo valer o inalienável direito à autodeterminação do povo palestino sobre estes territórios;

2) Aplicação de todas as resoluções internacionais não acatadas pelo sionismo;

3) Garantia aos refugiados (atualmente, 65% da totalidade do povo palestino) de retorno às terras de onde foram expulsos (Resolução 194 da ONU);

4) Libertação imediata dos cerca de 11.000 prisioneiros, entre eles Ahmad Saadat, Secretário Geral da FPLP, e outros dirigentes da esquerda;

5) Reconstrução da OLP, ou seja, reconstrução da unidade política necessária às tarefas que estão colocadas para o bravo povo palestino, com garantia de participação democrática de todas as forças políticas representativas dos palestinos;

6) Apoio irrestrito a todas as formas de resistência do povo palestino;

7) Destruição do muro do apartheid, conforme resolução do Tribunal de Haia;

8) Demolição e retirada de todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia/Jerusalém;

9) Fim imediato do bloqueio assassino a Gaza;

10) Pelo fomento de campanha internacional para levar os criminosos de guerra sionistas aos tribunais de justiça, dentre os quais, o Tribunal Internacional de Haia.

11) Estabelecimento de sólida relação entre os partidos comunistas irmãos para concretizar ações de solidariedade e, em especial, apoio logístico à materialização desta luta;

12) Apoio a todas as iniciativas que visem estreitar laços entre os partidos da esquerda palestina, em especial a Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Partido do Povo Palestino, em unidade concreta programática e de ação.

POR UM ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR, LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO! PELA TOTAL INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 1967! PELO RETORNO DOS REFUGIADOS E JERUSALÉM CAPITAL! LIBERTAÇÃO DE TODOS OS 11.000 PRISIONEIROS PALESTINOS! PELA CONDENAÇÃO INTERNACIONAL DOS CRIMINOSOS DE GUERRA!”

18 – Mas voltando ao artigo que gerou a representação, para que as críticas da CONIB se centrem na contestação às informações ali prestadas - ao invés de se esconderem sob o manto autoritário do carimbo “antissemita” -, sugerimos que releiam o texto, sem sectarismo nem preconceito. Verão que ele pode ter equívocos na forma de sua correta condenação ao Estado de Israel, mas não tem qualquer intolerância religiosa ou étnica.

19 – O texto, em nenhum momento, atinge o povo judeu, mas à sua liderança hegemônica - direitista, sionista e terrorista - deixando claro que nem todos os judeus concordam com seus métodos e que há vários intelectuais, organizações e militantes judeus que condenam e protestam contra o genocídio em Gaza e outras violências do Estado de Israel.

20 – Leiamos novamente algumas passagens do artigo de Manuel Freytas:

“Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala. Quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo”.


“O lobby sionista pró-israelense não reza nas sinagogas, senão na Catedral de Wall Street: um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio”.

“As campanhas de denúncia de antissemitismo com as quais Israel e organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas”.

“A esse poder (o lobby sionista internacional), e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Oriente Médio, temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "antissemitismo".

22 - Estejam certos de que não calarão nem sepultarão o PCB em vida, tarefa que não foi possível nem para as mais cruéis ditaduras de direita que marcaram a história do nosso país. Prenderam, exilaram, assassinaram, desapareceram com muitos comunistas, no Brasil e no mundo, por lutarem contra a opressão, pela autodeterminação dos povos, pelas liberdades democráticas e contra o nazi-fascismo.

Exigimos respeito!

Partido Comunista Brasileiro

Comissão Política Nacional

Maio de 2011

Observações:

1 – Este e outros artigos de Manuel Freytas são publicados, entre muitos outros, nos seguintes sítios:

www.resumenlatinoamericano.org
www.aporrea.org
colombia.indymedia.org
www.voltairenet.org
cafehistoria.ning.com
port.pravda.ru
engforum.pravda.ru
www.rebelion.org
www.cubadebate.cu
visionesalternativas.com
www.consulvenefunchal.com
alertaroja.net
xatoo.blogspot.com
www.senadoragloriainesramirez.org
radiotrinchera.org
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2 - Segundo levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a CIA destinou 120 milhões de dólares, para financiar o sistema de difamação da religião islâmica no Brasil.

3 – O mesmo texto usado pelo sionismo contra o PCB é usado como pretexto para o mesmo tipo de ação intimidatória na Venezuela, num relatório denominado “Antisemitismo en Venezuela”, de autoria de uma organização à qual a CONIB é ligada, chamada ADL (Anti-Defamation League), que em português significa Liga contra a Difamação. Apesar do nome genérico da entidade, ela só criminaliza e intimida o que considera difamação “anti-semita”. Veja a página 16 do sítio http://www.adl.org.

4 – neste momento, Israel está usando os céus da Grécia, por autorização do governo local, para treinar seus pilotos e testar seus aviões militares para um possível ataque ao Irã, cuja topografia tem características semelhantes às do país helênico.

5 – nos próximos dias, estaremos publicando aqui nesta página vários textos de judeus progressistas e comunistas, inclusive israelenses, contra o sionismo e a utilização do carimbo “antissemitismo” como forma de censurar denúncias contra o Estado de Israel.

De: Ousar Lutar

MOVIMENTO INDÍGENA - LIDERANÇAS INDÍGENAS DIVULGAM MANIFESTO SOBRE PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2012-2015



Representantes da APIB estiveram presentes ao Fórum de Conselhos Setoriais do Governo entre os dias 24 e 25 de maio em Brasília.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e lideranças indígenas que integram instâncias governamentais como o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e Conselho Nacional de Cultura (CNC), divulgaram nesta quarta, dia 25, manifesto sobre a forma como o governo tem tratados os assuntos relacionados aos Povos Indígenas nas discussões para elaboração do Plano Plurianual (PPA) 2012-2015.

As lideranças apresentaram o documento aos participantes do Fórum Interconselhos do PPA 2012 – 2015, evento realizado pelo governo para apresentar as novas metodologias de elaboração do PPA, segundo as quais as propostas passarão a resultar em políticas públicas com características mais interministeriais, envolvendo o governo como um todo. O PPA é um instrumento de compromissos e prioridades para os próximos quatro anos e define os gastos do governo neste período. O Fórum Interconselhos do PPA reúne pela primeira vez os 34 conselheiros setoriais que compõem o grupo. O manifesto das lideranças indígenas também foi encaminhado à Presidência da República e aos Ministérios.

“Os Povos Indígenas precisam de um orçamento específico dentro do PPA. Somente desta forma poderemos garantir o acesso aos programas do governo. Caso isto não aconteça, a participação indígena acaba sendo muito limitada. Como poderemos exercer nossa cidadania se não temos o orçamento necessário para que o governo cumpra seu dever de garantir nossos direitos como o acesso a terra, saúde e educação, de acordo com nossa diversidade cultural”, afirmou Romancil Cretã, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul) e representante no colegiado setorial para culturas indígenas do Ministério da Cultura.

Leia abaixo a íntegra do manifesto:


Manifesto Indígena no Fórum Interconselhos do PPA 2012 - 2015

Nós, lideranças indígenas representantes de organizações indígenas regionais, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e integrantes de instâncias governamentais como a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e Conselho Nacional de Cultura (CNC), participantes no Fórum Interconselhos do PPA 2012 - 2015, que acontece em Brasília – DF, nos dias 24 e 25 de maio de 2011, preocupados com a forma como o Governo Federal está tratando as questões que nos dizem respeito, manifestamos:

Primeiro - Respaldados pela Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, (OIT) repudiamos a forma autoritária, precária e insuficiente como estão sendo discutidas as proposições programáticas e orçamentárias para o PPA 2012 – 2015, principalmente as demandas dos nossos povos tradicionalmente atendidas de forma tangencial e secundária pelo Estado brasileiro, tais como a demarcação das terras indígenas, saúde e educação indígena diferenciada, habitação e salvaguardas relacionadas com os impactos de grandes empreendimentos nas nossas terras.

Segundo – Reivindicamos do Governo da Presidenta Dilma Roussef condições suficientes para a nossa participação na discussão dos programas e orçamento do PPA destinados a viabilizar as políticas públicas do nosso interesse. Não queremos apenas referendar as proposições dos órgãos envolvidos com a implementação da política indigenista do Governo (Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Secretaria Especial de Saúde Indígena-SESAI, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), Colegiado Setorial para as Culturas Indígenas do Ministério da Cultura etc.) nem que as discussões sejam restringidas aos representantes indígenas nos distintos Conselhos, Comissões e Grupos de Trabalho (GT`s), assegurando, portanto, a participação das organizações indígenas. Para nós, a participação e o controle social por parte do movimento indígena não se reduz à participação nessas distintas instâncias.

Terceiro – Além dos recursos necessários para a implementação das políticas públicas do nosso interesse, reivindicamos da Presidenta Dilma garantir recursos orçamentários para a realização da Conferencia Nacional dos Povos Indígenas.



Brasília, 25 de maio de 2011.



ASSINAM AS LIDERANÇAS




De: ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL - APIB

MOVIMENTO INDÍGENA - LIDERANÇAS DEFENDEM QUOTA PARA INDÍGENAS NAS ELEIÇÕES DURANTE REUNIÃO NO SENADO FEDERAL



A APIB apresentou documento com propostas dos Povos Indígenas para Reforma Política.


A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil participou, no último dia 16, de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado que reuniu representantes dos movimentos sociais para se manifestarem sobre as 11 propostas aprovadas pela Comissão de Reforma Política e que estão atualmente em tramitação na Casa.


Durante a reunião, os membros da Comissão Nacional Permanente da APIB, Irajá Pataxó e Rosane Kaingang, entregaram aos senadores documento com a posição do Movimento Indígena sobre questão, consolidada durante o VIII Acampamento Terra Livre. A principal proposta é “que no processo da Reforma Política, em curso no parlamento, seja considerado o direito dos nossos povos à participação política, inclusive sendo estabelecida uma quota que garanta a nossa representatividade”.

Leia logo abaixo a íntegra do texto apresentado aos senadores:



REFORMA POLÍTICA E POVOS INDÍGENAS

Discriminados secularmente, os povos indígenas, ressalvando a única participação protagonizada pelo Deputado Federal Juruna no Parlamento brasileiro, sempre foram deixados à margem da vida política institucional do país. Os partidos políticos, das mais distintas siglas, tem em comum a dificuldade de lidar com a diferença, isto é, as condições e especificidades socioculturais dos povos indígenas. Daí a dificuldade de um candidato indígena concorrer em condições de igualdade com os não índios nos cargos de direção e oportunidades eletivas disputadas nos períodos eleitorais.

Não obstante a vida democrática vigente no país, diferente de outros segmentos sociais e populares que fazem parte da formação social do Estado nação, os povos indígenas continuam marginalizados nos espaços de representação principalmente nas esferas estadual e federal, cabendo apenas a possibilidade de algum parlamentar não indígena auxiliá-los, sob pressão da sigla que este representa ou do governo de turno, na defesa dos seus interesses e demandas.

É pensando nesta realidade que o VIII Acampamento Terra Livre, a maior mobilização indígena nacional que reuniu em Brasília - DF mais de 700 lideranças de todas as regiões do país, de 02 a 05 de maio, manifestou, a propósito da Reforma Política debatida hoje pelo Congresso Nacional que: “Reivindicamos que no processo da Reforma Política, em curso no parlamento, seja considerado o direito dos nossos povos à participação, inclusive sendo estabelecida uma quota que garanta a nossa representatividade”.

Esta reivindicação dos povos e organizações indígenas deverá ser pautada necessariamente pela grandiosa diversidade étnica e cultural, conformada por mais de 230 povos indígenas diferentes, e pela participação democrática das instâncias representativas do movimento indígena nas distintas regiões do país e em âmbito nacional, a fim de assegurar na medida do possível equidade na representação.

A perspectiva naturalmente é que a reforma política garanta condições para que os povos indígenas trilhem um caminho próprio independentemente das possibilidades de dirigentes indígenas disputarem a oportunidade de serem candidatos e eleitos no âmbito de partidos políticos em que por ventura estiverem filiados.

Assegurar uma quota justa para que os povos indígenas possam se representar eles próprios no parlamento será uma contribuição importante para ir sanando as dívidas sociais e históricas do Estado brasileiro para com estes povos.

Brasília – DF, 16 de maio de 2011.

De: ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL - APIB

ABDIAS NASCIMENTO - MORRE UM GUERREIRO, UM POLÍTICO E UM GRANDE ATIVISTA SOCIAL DO BRASIL





Morreu ontem (24.05.2011), um Grande Guerreiro, um dos maiores defensores da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, o Professor Benemérito da Universidade de Nova York e detentor do título de doutor honoris causa da Universidade de Brasília, o nosso querido ABDIAS DO NASCIMENTO.

Abdias nasceu na cidade de Franca, São Paulo, em 1914. Cresceu em uma família pobre, porém muito organizada e carinhosa. Formou-se em contabilidade pelo Atheneu Francano, em 1929.

Com 15 anos, alista-se no exército e vai morar na capital São Paulo. Na década dos 1930, engaja-se na Frente Negra Brasileira e luta contra a segregação racial em estabelecimentos comerciais da cidade. Prossegue na luta contra o racismo, organizando o Congresso Afro-Campineiro em 1938. Funda em 1944, o Teatro Experimental do Negro, entidade que patrocina a Convenção Nacional do Negro em 1945-46.

A Convenção propõe à Assembléia Nacional Constituinte de 1946 a inclusão de políticas públicas para a população afrodescendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.

À frente do TEN, Abdias organiza o 1º Congresso do Negro Brasileiro em 1950.






Militante do antigo PTB, após o golpe de 1964, participa desde o exílio na formação do PDT. Já no Brasil, lidera em 1981, a criação da Secretaria do Movimento Negro do PDT.

Na qualidade de primeiro deputado federal afrobrasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresenta projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continua essa linha de atuação.

O Governador Leonel Brizola o nomeia Secretário de Defesa e Promoção das Populações Afrobrasileiras do Estado do Rio de Janeiro (1991-94). Mais tarde, é nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000).

Em 2006,em São Paulo, criou o dia 20 de Novembro como o dia oficial da consciência negra. Autor de vários livros: "Sortilégio", "Dramas Para Negros e Prólogo Para Brancos", "O Negro Revoltado", e outros.

Foi casado quatro vezes. Sua terceira esposa foi a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e a última a norte-americana Elizabeth Larkin, com quem teve um filho.

Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011) foi político e um grande ativista social brasileiro.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

MOVIMENTO INDÍGENA - GUARANIS DE MATO GROSSO DO SUL CRIAM PRIMEIRO GRUPO RAP INDÍGENA DO PAÍS





O GRITO DO CIDADÃO, na matéria abaixo, apoia a manifestação jovem, acrescentando ainda que, não a entende como prejudicial à cultura indígena; pelo contrário, avalia que é um instrumento facilitador da compreensão das raízes, necessidades e dos sonhos, destes, que são os verdadeiros donos da terra Brasil .






Curtam:

Os olhos do índio Bruno Verón dizem que algo na aldeia não vai bem. Junto a três outros jovens da mesma tribo, ele tranca o sorriso, amarra o Nike e mira o alvo: o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. André está sentado na primeira fileira ao lado do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, e de vereadores que inauguram com festa e discursos a Vila Olímpica Indígena da região, um espaço esportivo com campo de futebol e quadras de basquete. Bruno terá sua chance logo depois das meninas dançarinas da etnia terena. Assim que o locutor anuncia a entrada de seu grupo de rap, o Brô MC"s, o índio procura pelo governador na plateia e joga a lança: "Esta vai pra vocês que não conhecem nossa realidade, que não sabem dos nossos dilemas. Aldeia unida, mostra a cara!"

A real que Bruno canta forte, em uma mistura de guarani e português, está bem perto daquele complexo esportivo de R$ 1,6 milhão cheirando a tinta. Sua casa de quatro cômodos é dividida entre ele, a mãe, o pai e cinco irmãos. O avô morreu espancado supostamente por capangas de fazendeiros que queriam os indígenas longe dali. O irmão mais velho escapou por pouco, mas leva um projétil alojado na perna. Na casa dos Verón, arroz e feijão são lei. Carne, pouca. Salada, "coisa de paulista". Mandioca brota no quintal. Banho, só de caneca. A geladeira está quebrada. A TV funciona. O Playstation, também. E sempre, a qualquer hora, os celulares dos garotos tocam Eminem, Snoop Doggy, Racionais, MV Bill e Fase Terminal.


O hip hop chegou às reservas indígenas de Mato Grosso do Sul como se fossem ali as quebradas do Capão Redondo. Para os filhos adolescentes das 15 mil famílias das etnias terena, guarani-caiová e guarani-nhandéva, era como se cada verso tivesse sido criado para suas próprias vidas. Se Mano Brown fala de conflitos entre pobres e policiais, eles têm pais e avôs retirados de suas terras a tiros pelo homem branco. Se MV Bill cita o tráfico de drogas, seus amigos estão cada vez mais fascinados pelo crack. "É uma das regiões mais problemáticas do Brasil", diz o antropólogo especialista no grupo guarani há 40 anos, Rubem Thomaz de Almeida.


A luva também serve quando o assunto é música. O ritmo duro e constante de uma expressão 90% percussiva estaria facilmente em um ritual caiová. "Eu não pensava nessas coisas antes do rap. Ele que me fez ver nossa situação", diz Bruno Verón.


Foi em Bruno e no seu irmão Clemerson que o ritmo bateu primeiro. "É nossa chance de sermos ouvidos fora da aldeia", diz o líder. Kelvin e Charles, os outros dois integrantes e também irmãos entre si, foram recrutados na escola. Apesar dos nomes, todos são legítimos guarani-caiovás. Há muitos jovens registrados com "nomes brancos" na aldeia, como se percebe em uma conversa rápida com os garotos sobre rock and roll. "E vocês conhecem os Beatles?" "Sim, o John Lennon mora logo ali", fala Charles, apontando para a vizinhança. Ele ri, mas é sério. John Lennon, Elton John, Jack, Jackson e Sidney Magal são índios de 16, 17 e 18 anos que também escutam rap. Os meninos andam pela reserva com camisetas do Eminem e dos Racionais MC"s, tênis de basquete, bonés coloridos e celulares tocando rap. Quando se encontram, tocam as mãos abertas e depois fechadas como se faz na cidade. Muitos aprendem a dançar break em oficinas ministradas pela Cufa (Central Única de Favelas). Em uma delas, Higor Marcelo, cantor do grupo Fase Terminal, conheceu os garotos e passou a produzi-los. "Fiquei maravilhado quando ouvi", diz. Higor fez um CD demo dos garotos e agora fecha a produção para o fim do ano de um primeiro disco do Brô MC"s.


Os ventos sopram a favor dos rappers da aldeia. A primeira vez que saíram de suas terras foi em setembro de 2010, quando fizeram um show nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Uma garrafa pet guarda a água do mar que Kelvin trouxe de Copacabana. "Era muito salgada!" São Paulo eles conheceram em dezembro, quando fizeram um show no Sesc Belenzinho. "É abafado, parece que não tem ar." Ele sorri de uma teoria sua sobre as placas das ruas que viu. "Anhanguera é um diabo velho. Anhangabaú é espírito mal do rio. A gente diz aqui que vocês foram a um pajé bêbado para dar nome aos lugares." Os Brô MC"s tocaram também em Brasília, na posse da presidente Dilma Rousseff.


E, assim, suas vidas vão ganhando instantes de fama. Clemerson é o mais procurado pelas garotas. "A gente dá autógrafo." Os olhos de guerreiro de Bruno são só para o palco. Fora dele, é um cavalheiro. Ao sair com o repórter pela aldeia de bicicleta, sugere uma caminhada quando sente o pulmão do parceiro saltando pela boca. Enquanto caminhamos, ele fala mais. Ao ver que o repórter usa aparelho dentário... "Eu tinha que usar isso, mas minha mãe disse que um raio poderia cair em mim." Ao passarmos por uma embalagem de camisinha jogada na estrada... "Aids aqui tem bastante, mas muitos meninos casam cedo, com 12, 13 anos." E ele? Não namora? "Namoro é como prisão, não dá pra fazer mais nada." Bruno é um cavalheiro e um sábio.


Um de seus raps se chama Tupã e mostra que o Brô MC"s já cria seu próprio discurso. "Aldeia, a vida mais parece uma teia / que te prende e te isola, não quero tua esmola / nem a sua dó, minha terra não é pó / meu ouro é o barro onde piso, onde planto / e que suja seu sapato quando vem na reserva fazer turismo / pesquisar e tentar entender o porquê do suicídio."


O alto índice de suicídio na tribo, sempre por enforcamento, atingiu o ápice em 2009, quando foram registradas uma morte a cada dois dias. "Até que uma criança de 8 anos se matou. Aí paramos para discutir", diz Nestor Verón, pai de Bruno. As explicações não fecham uma lógica. O enforcamento seria um simbolismo. O índio quer se expressar e não pode, então se enforca. Ou estaria passando por uma espécie de choque espiritual com a chegada de grupos religiosos cristãos. Nada é certo. "A alma de um suicida, acreditam eles, não sai pela boca, como deveria, mas pelo ânus. E então é incorporada por outro indivíduo que também irá se enforcar", diz o antropólogo Rubem Almeida.


Seja como for, o dilema se tornou combustível para a identidade de algo que já poderia ser chamado de "rap guarani". Afinal, um índio que se veste como Puff Daddy e diz "e aí mano?" afoga a tradição de seu povo? "A cultura não é estática. Ninguém vive fora do mundo", diz a professora de antropologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Lúcia Helena Rangel. O fenômeno pode aguçar pesquisadores, mas o poder público parece longe de abraçá-lo. Ao fim do show do Brô MC"s na inauguração da Vila Olímpica Indígena, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, é o único que não aplaude. "Não gostei, porque isso é música estrangeira. E eu sou nacionalista."




De: JOVENS INDÍGENAS GUARANI KAIOWA EM AÇÃO - JIGA

MOVIMENTO INDÍGENA - POVOS KAIOWÁ E GUARANI DE LARANJEIRA NHANDERU RETOMAM PARTE DE SUAS TERRAS ANCESTRAIS


Além da posse de suas terras, os Kaiowá Guarani reivindicam a conclusão dos processos administrativos sobre a demarcação e cujo próximo passo é a publicação dos relatórios de identificação das terras

Por Cimi Regional MS



Desde a última sexta-feira, 13 de maio, indígenas Kaiowá Guarani passaram a retomar uma pequena parte de sua terra tradicional Laranjeira Nhanderu, localizada no município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul.

É a segunda tentativa da comunidade Kaiowá Guarani de retomar parte de seu território tradicional no local onde incide a fazenda Santo Antônio de Boa Esperança. Desde setembro de 2009 os Kaiowá permaneciam acampados às margens da BR-163, sujeitos a todo tipo de violência e aguardando providências pela demarcação de sua terra.

A luta por Laranjeira Nhanderu

A terra indígena Laranjeira Nhanderu vem sendo reivindicada há anos pelos Kaiowá Guarani e está inclusa nos atuais Grupos de Trabalho (GTs) para fins de demarcação pelo governo federal.

Em maio de 2008, os indígenas ocuparam, pela primeira vez, parte de seu território. Naquele período, os Kaiowá Guarani permaneceram em uma pequena mata nativa localizada na área de “reserva legal” da fazenda, às margens do Rio Brilhante.

Em 10 de março de 2008, o fazendeiro incidente na terra indígena moveu Ação de Reintegração de Posse contra a comunidade de Laranjeira na Justiça Federal de Dourados sendo que, em 4 de agosto de 2008, o juiz da 2º Vara Federal de Dourados concedeu liminar determinando o despejo da comunidade.

O Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) recorreram da decisão para o Tribunal Regional Federal da Terceira Região, em São Paulo sendo primeiramente negado o efeito suspensivo ao agravo. Em 15 de dezembro de 2008 a Funai requereu à Presidência do Tribunal a suspensão da decisão de reintegração de posse.

Em 22 de dezembro de 2008, a desembargadora Federal Marli Ferreira proferiu decisão para conceder o prazo de cento e vinte dias para que os Kaiowá fossem retirados de sua terra tradicional e fossem transferidos para área a ser definida pela Funai.

Em 27 de maio de 2009, o presidente do TRF3 determina que a Funai apresente quinzenalmente, “relatórios referentes aos andamentos dos trabalhos ao Juízo de Dourados”. Os indígenas ainda permaneciam dentro de sua terra.

Porém, em 24 de agosto de 2009, o TRF3 determina a imediata retirada dos indígenas do local, sendo, em 11 de setembro de 2009, dado cumprimento à ordem e os indígenas se retiram da área ocupada.

Com a saída da terra, os Kaiowá iniciam a montagem do acampamento às margens da BR-163.

Neste entremeio, com a necessidade da saída urgente da área, não houve tempo para que os indígenas retirassem outros pertences antes do anoitecer, como a madeira e o sapê das casas, e que poderiam ser aproveitados para construção de outras.

De acordo com os Kaiowá Guarani, estes pediram para que a Funai, a Polícia Federal e o MPF solicitassem dos fazendeiros a retirada do sapê (palha), bem como a madeira das casas. Segundo os indígenas, agentes da PF se comprometeram em conversar com o Juiz sobre essa possibilidade.

Em 14 de setembro de 2009, após a saída definitiva da Polícia Federal nas proximidades da região, cerca de trinta e cinco casas de indígenas da aldeia foram queimadas por fazendeiros, próximas à mata nativa, que também foi afetada com a queimada. O MPF tomou ciência dos fatos. De acordo com uma das lideranças do grupo em matéria publicada na época os indígenas ficaram profundamente abalados com a ação, pois espíritos haviam sido queimados. Durante a madrugada, alguns indígenas se arriscaram a ir à antiga aldeia para resgatar pequenos animais, mas a maioria dos bichos, como galinhas e cachorros, já estavam mortos.

Os Kaiowá Guarani denunciam ainda que, naquele período, houve a morte de uma criança da comunidade pelo fato de que a entrada da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi obstada por fazendeiros da região. Posteriormente, o TRF3 determinou que os fazendeiros não impedissem o acesso da equipe da Funasa ao acampamento da comunidade indígena até a efetivação da retirada da comunidade do local, sob pena de multa.

A difícil realidade às margens da rodovia

Os Kaiowá e Guarani de Laranjeira Nhanderu permaneceram nas margens da BR-163 por um ano e oito meses. Durante este período, passaram por difíceis situações e foram constantemente agredidos em seus direitos mais fundamentais submetidos as mais diversas e altas vulnerabilidades.

Os indígenas foram visitados por representantes de organismos de defesa dos direitos humanos, movimentos sociais, brasileiros e estrangeiros, bem como por inúmeras pessoas solidárias à sua realidade desumana.

A partir das visitas, foram constatados, e depois denunciados por meio da imprensa nacional e internacional, diversas violações de direitos humanos básicos, como, por exemplo, acesso à água potável e alimentação. Outras questões gravíssimas, como inundações pela chuva e calor excessivo, acrescentavam ao cenário, já perturbador, outras violações. Sem contar a situação de descumprimento total do Estatuto do Idoso, em relação aos idosos da comunidade com mais de 90 anos que permaneciam vivendo dentro de barracos de lona no calor excessivo. A intensidade do tráfego nas margens da BR-163 e seus riscos evidentes acarretaram na morte de um indígena por atropelamento. Além disso, foram recorrentes as denúncias de ameaças e intimidações vindas de fazendeiros da região e de veículos que trafegavam pela rodovia.

Demarcação

Em 2007, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado entre lideranças indígenas, Ministério Público Federal/MS e a Funai. Este compromisso obriga a Funai a promover a identificação de 36 terras tradicionais reivindicadas pelo povo Kaiowá e Guarani distribuídos em 6 bacias hidrográficas do sul de Mato Grosso do Sul. Neste termo está incluída a terra indígena Laranjeira Nhanderu.

Porém, o termo encontra-se com seus prazos todos expirados e até a presente data nada foi concluído em relação à identificação antropológica da terra. Até hoje nenhuma terra tradicional reivindicada pelos Kaiowá Guarani, em áreas contempladas pelo TAC, foi identificada.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

E AÍ CABRAL ... COMPLEXO DO ALEMÃO AINDA ESTÁ DOMINADO PELA BANDIDAGEM, AQUILO TUDO FOI FIGURAÇÃO PRO LULA INAUGURAR BONDINHO E VOCÊS GANHAREM VOTOS ?



Complexo do Alemão: enquanto família se muda por ameaça do tráfico, bandido vivia há um mês na favela


Como um cidadão comum e parecendo viver em paz dentro de uma região pacificada , o Complexo do Alemão, Moisés Timóteo da Silva Lisboa, de 23 anos, estava ontem num bar na Rua Canitar, na Fazendinha, com a mulher. Foi aquela favela que Timóteo — apontado pela polícia como ex-chefe do tráfico do Morro do Borel, na Tijuca — escolheu como o lugar mais seguro para se esconder da polícia. Na área onde ele domina a venda de drogas, existe uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde junho do ano passado.

Ontem à tarde, a paz de Timóteo foi perturbada por dez policiais da 19ª DP (Tijuca), que o prenderam, de camisa, bermuda e chinelo de dedo, na mesma rua onde fica uma das bases da Força de Pacificação do Exército. Um dia antes, acossada pelo tráfico, toda uma família teve de deixar o Alemão sob escolta da polícia: a do eletricista Wallace Moreira Amorim, executado com 13 tiros em 4 de maio deste ano.

Segundo investigadores que monitoravam os passos do traficante há algum tempo, a casa onde Timóteo se escondia era próxima do local onde foi preso — e, por tabela, da base dos militares.

Tanta proximidade fez com que ontem os agentes pedissem autorização ao Exército para cumprir os três mandados de prisão que havia contra Timóteo por tráfico de drogas, roubo e receptação.

Na delegacia, Timóteo admitiu que abandonou sua casa no Borel há um mês para se esconder no Alemão. O delegado Fabiano Gama, titular da 19ª DP, não soube informar se, no seu novo endereço, o acusado ainda exercia sua principal atividade, a venda de drogas.

Timóteo é apontado pela polícia como o sucessor do traficante William Vieira Rodrigues, o Robocop, preso em agosto de 2009 no Morro do Borel.

No currículo de Timóteo, existe a acusação de ser o responsável pelo ataque sofrido pelo médico Lídio Toledo Filho, em dezembro de 2008, na subida do Alto da Boa Vista, após uma tentativa de assalto. A vítima levou três tiros, um no pescoço e dois no peito, e acabou ficando paraplégica.

O acusado, de acordo com o delegado Fabiano Gama, era também o responsável por uma série de roubos e pela formação de bondes do tráfico na região da Tijuca, entre 2008 e 2009.

Ontem, o Exército decidiu se pronunciar sobre os fatos violentos ocorridos dentro do Alemão e a presença de traficantes na região. Em entrevista ao “RJTV”, da TV Globo, o comandante da Força de Pacificação, general Carlos Sarmento, disse que, caso a família do eletricista tivesse procurado o Exército, a escolta teria sido feita pelos militares. Sarmento enfatizou ainda que toda a região está pacificada e que as ações do tráfico no Alemão estão controladas.


De: Jornal Extra




O GRITO DO CIDADÃO em razão do pronunciamento do Comandante da Força de Pacificação, o Sr. General Carlos Sarmento, fica em ALERTA, vez que fora passado para todos os otários cariocas que aquele local estaria com risco ZERO contra seus habitantes por parte dos marginais, haja vista o fim da criminalidade.


Todavia, agora temos notícias que além dos marginais ainda frequentarem e residirem naquela localidade de gente pobre, humilde e trabalhadora, eles ainda sequestram e matam a tiros os seus avessos, estendendo o medo aos familiares e moradores.


CADÊ então o garotinho propaganda do LULINHA PAZ E AMOR, o Sr. Sergio Cabral !?

O que diz esse governador do enorme 171 político aplicado na população ?

Depois de tantos gritos, berros e carinhas de chorinho, onde estão os responsáveis pela regressão daquela onerosa operação policial que durante dias ocupou as manchetes de todos os jornais, seja, nacional e internacionalmente falando ?

VAMOS ACORDAR POVO BRASILEIRO, DEIXEM DE SER OTÁRIOS NAS MÃOS DE GENTE QUE SÓ QUER FAZER PROPAGANDA DE SI PROPRIO PARA SE ETERNIZAR EM CARGOS PÚBLICOS ÀS CUSTAS DO SUOR DO TRABALHADOR BRASILEIRO !!!!





GRITEEEEMMMMM !!!!


OI E A SUA BANDA LARGA - QUE COISA CHATA !!!

O que está acontecendo com o serviço de banda larga da OI?


Há aproximadamente 3 meses muitos dos usuários dessa operadora tiveram problemas na envio/recebimento de e-mails. A solução para muitos que possuem mais de um endereço de e-mail, foi passar a não utilizá-los, diminuindo assim os transtornos, já que a informação na central de atendimento da OI era que os problemas seriam decorrentes de modificações, ou qualquer coisa assim, no sistema. É difícil mas cabível de entender.


Porém, com um mês sem solução para o problema e apenas acusando recebimento de e-mails pela conta OI restabelecido, no meu caso. Entrei em contato novamente com o SAC e a informação que recebi era que, se eu estava recebendo os e-mails, então, agora, o problema seria no meu computador e, para fazer os ajustes, careceria contatar o suporte da VELOX e pagar por isso R$ 6,00 (seis reais). O que achei um absurdo e deixei pra lá, na esperança de uma solução, pois com certeza o problema não era no meu computador.


Ontem, telefonei mais uma vez para o PROVEDOR e a informação foi a de que o problema reclamado há meses, ainda permanecia.


Aí está a minha confirmação: o problema é realmente da VELOX/OI !!!


Quero deixar meu desabafo neste blog, pois não estamos mais aqui "...sentados com a bunda na janela para passarem a mão nela...", como diz sabiamente a música do Gonzaguinha!


Vamos ACORDAR E RECLAMAR, GENTE !!!


De: Chateação

quarta-feira, 18 de maio de 2011

EGITO - MAIS DE 350 FERIDOS E 130 DETIDOS NOS PROTESTOS DO NAKBA




Eletronic Intifada - [Maureen on Mon, Tradução de Diário Liberdade] 16 de Maio de 2011. Diversas publicações no Egito trazem a notícia de que mais de 350 pessoas foram feridas pelas autoridades egípcias durante os protestos ocorridos em frente ao consulado de Israel, no subúrbio de Giza no Cairo, na última noite (15), segundo dados do Ministério da Saúde.


Os protestos de cunho pacíficos em frente à embaixada israelense estavam ocorrendo desde domingo (15), o dia que marca o Nakba palestino – a desocupação forçada do território palestino para o estabelecimento do Estado de Israel. Mas a cena tornou-se violenta perto do fim da noite.


As manifestações em frente à embaixada israelense têm sido frequentes e os manifestantes, no dia que marca o aniversário do Nakba palestino, isto é, a desapropriação, entoaram palavras de ordem para que o embaixador deixasse o país.


O Al-Ahram noticiou hoje (16):

Os manifestantes foram dispersos pela Polícia Militar e pelas Forças Centrais de Segurança, por volta das 23h. As autoridades utilizaram granadas de gás e balas de borracha. Uma testemunha ocular disse que munição letal também foi utilizada. A mídia local informou que as fontes médicas do hospital Om El-Masreeyen receberam a informação de que houve um manifestante baleado na cabeça.


Alguns manifestantes foram presos. Os vídeos das prisões e dos confrontos podem ser encontrados em circulação em veículos informais como o Twitter e o Facebook. Um dos vídeos mostra um manifestante atingido no abdômen por uma bala.


A Al-Jazeera noticiou:

Pelo menos dois manifestantes foram atingidos por munição letal, enquanto outros foram hospitalizados após a inalação de gás de efeito moral, ou por terem sido atingidos por balas de borracha, algumas das quais penetraram a pele, afirma uma testemunha.


Um manifestante, Atef Yehia, foi atingido na cabeça, enquanto outro, Ali Khalaf, foi atingido no abdômen. Os dois sobreviveram, no entanto Yehia respira com a ajuda de aparelhos e pode ter sofrido danos cerebrais, disse um amigo na segunda (16) pela manhã.


A repressão dos protestos também marca um revés para os ativistas que fazem campanha pela limitação do poder judicial militar no Egito pós-revolucionário. Um veterano da polícia falou à Al-Jazeera que 137 manifestantes foram presos e serão interrogados por um promotor militar. Enquanto eles aguardavam o interrogatório, os manifestantes foram mantidos na prisão militar de Hikestep, nos arredores de Cairo, de acordo com informações de ativistas e advogados dos direitos humanos.


A Al-Jazeera Inglesa também informou que Tarek Shalaby e Mosaab Elshamy, dois ativistas de destaque da revolta do 25 de Janeiro, estão entre os detidos.


Ativistas egípcios pediram por uma marcha até a fronteira do Egito com Gaza, mas A Intifada Eletrônica informou hoje cedo:


As autoridades egípcias e jordanianas impediram centenas de manifestantes em uma tentativa de atravessar para os territórios controlados por Israel. A polícia egípcia utilizou métodos de dispersão de motins contra as centenas de manifestantes na Alexandria e contra os manifestantes que estavam em frente à embaixada e consulado israelense no Cairo.


O fim do relacionamento acolhedor que Mubarak mantinha com Israel foi uma parte central nas reivindicações dos opositores egípcios ao regime. O governo de transição diz estar considerando o fim do bloqueio à Gaza, que foi mantido como uma parceria entre o governo de Mubarak e o de Israel.


A recente intermediação do Egito nos acordos entre o Hamas e o Fatah, para uma união nacional, é uma evidente indicação de que o Egito está mais disposto a negar os interesses de Israel e dos EUA. Os manifestantes pedem por um fim ao impopular acordo de fornecimento de gás natural do Egito para Israel.


O acordo sempre foi impopular entre a maioria dos egípcios, que se queixavam de que Mubarak vendia gás natural a Israel por um preço mais baixo do que Israel pagava para as empresas privadas que realizavam as operações de extração em seu próprio país. Ações judiciais para encerrar o acordo foram infrutíferas.


Traduzido para Diário Liberdade por E. R. Saracino

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA - EM BUSCA DE NOVOS MÚSICOS, VOCÊ BATE EM PANELAS, ARRISQUE-SE

Numa tormenta sem fim, vem agora a ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA procurar músicos em todo território nacional ou estrangeiro.

Tal modalidade de busca de mão-de-obra é conhecida por "audições", que objetivam o preenchimento de 36 (trinta e seis) vagas.

PASMEM ...!!!

36 (TRINTA E SEIS) vagas proporcionadas pela DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA em CONJUNTO, de antigos e conceituados músicos daquela orquestra sinfônica.

É LAMENTÁVEL que questões internas dessa NOBRE, e sobretudo, SUBLIME ORQUESTRA, sejam desnudadas pela mídia oportunista, deixando marcas profundas de onfensas à imagens daqueles que independentemente de razões sinceras ou não, encontram-se num litígio.

Enfim, como essa "roupa suja não foi devidamente lavada em casa", procura aquela orquestra, por meio de processo de seleção contratar novos operadores da música, que começou nesta última segunda-feira (16) em Londres. A próxima etapa de "audições" dar-se-á em Nova York, estando programada para o final de maio a etapa de "audições" de candidatos do Rio.

Segundo informações da BBC Brasil, sindicatos pelo mundo afora, posicionam-se contra tal processo de seleção, optando, inclusive, pelo BOICOTE a tal demanda. Afirmam alguns sindicatos de músicos, como: da França, Reino Unido e Estados Unidos que a demissão dos ex-integrantes da orquestra foi ilegal e injusto, portanto, não apoiam as "audições" nem tampouco a investidura de seus respctivos candidatos nessas vagas.

Agora, se você acredita no seu taco e sabe bater em panelas, faça essa "audição" proposta pela infeliz, mais atual direção da orquesta sinfônica e concorra ao papel de PALHAÇO e APROVEITADOR DE OPORTUNIDADES, mesmo sabendo que tal oportunidade deveu-se injustamente a cortes de cabeças de grandes personagens.

O que realmente falta à essa Direção orquestral é VERGONHA, pois se na África do Sul matava-se pela cor da pele, e assim mesmo, conseguiram chegar a um consenso. Aqui o que falta é VERGONHA !!!!

SE TOCA GENTE !!!!

Matérias Anteriores:

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA - CRISE COM A DEMISSÃO DE 36 MÚSICOS (ABRIL/2011)

MÚSICOS DA ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA QUESTIONAM CAPACIDADE DO MAESTRO MINCZUCK (MAIO/2011)


De: Carlos Passinha - BASTA !
http://bastafazadiferenca.blogspot.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

UMA QUESTÃO DE HONRA - FORA AOS ESPERTOS DAS VIATURAS ESPECIAIS NO RIO E TAMBÉM AOS RIQUINHOS MÁGICOS DO PLANALTO !


Como um simples cidadão brasileiro pode conviver com tanta tramoia em âmbito nacional e nada fazer para dar um BASTA ! nessa sujeira ?

Como podemos (povo) atuar no cenário político-social do país, de forma tão desprezível, proporcionando tamanha facilidade aos "políticos espertos" e a todos seus aliados, para que desfrutem livremente das riquezas e honras; dos privilégios e certezas da impunidade, além da transmissão hereditária vocacional dessa postura política fecal, aos seus filhos e netos, e assim por diante..., neste lugar chamado BRASIL ?

As vezes percebo total indiferença da população frente a escandalos desses nossos políticos, do mesmo modo que vejo a parcimônia de todos à manchetes de assassinatos ou crimes que certamente em outros lugares do mundo, tornariam as pessoas transtornadas, revoltadas ou simplesmente chocadas, e que aqui nada aborrece.

Parece que fomos treinados a suportar esses rombos nos cofres público e achá-los normal, pois não é possível tomarmos conhecimento da existência de quadrilhas voltadas aos desvios de MERENDAS ESCOLARES; REMÉDIOS EM HOSPITAIS; BOLSAS DE ESTUDOS; BOLSA FAMÍLIA, dentre outros, onde tudo esta voltado ao atendimento da população mais humilde e ficarmos INERTES, exatamente ao Deus dará !

Que espécie de gente somos nós brasileiros, que só nos arrepiamos quando um sujeito qualquer levanta a nossa Bandeira e ouvimos naqueles instantes da vitória, e no pódio, o Hino Nacional ?

Como nos enxergamos quando tomamos conhecimentos de fatos relacionados aos verdadeiros representantes do povo ( ? ), quando da aquisição de potentes e caros carros, correspondente a R$ 90.000,00 (noventa mil reais) cada veículo, a serem oferecidos aos vereadores do Município do Rio de Janeiro, a título de ferramenta de trabalho, ou ....

Como podemos nos ver quando conhecemos fatos que realçam a nossa vergonhosa estupidez e covardia, frente ao EXTRAORDINÁRIO aumento em 04 anos de 20 (vinte) vezes o patrimônio do nosso Ministro Chefe da Casa Civil, do Governo Dilma, Dr. Antonio Palocci ???

Não esqueçamos dos Mensalões, das Pedras Preciosas, dos Anões, do PC Farias e de tantos outros casos vergonhosos.

Ora, isto tudo explica como funcionam a maioria das instituições, pois possuem credencial para usar e desfrutar de todos mecanismos e de tudo o que é possível e imaginário, no passado: os Correios, a Petrobrás, a CEF, qualquer dia será o IBGE... e assim caminha a nossa humanidade brasileira ... na ACEITAÇÃO E NO SILÊNCIO.

Mas também encontramos explicações para acordos de cavalheiros, onde o ditado é:


VOCÊ FAZ E EU FICO SÓ OLHANDO.


Como no caso estranho e no mínimo ILEGAL do repugnável - EXAME DE ORDEM DA OAB.

É cristalina a interpretação da inconstitucionalidade praticada nesse exame de ordem, quando a OAB traz para si a responsabilidade de avaliar e aferir o aspecto profissional do cidadão devidamente habilitado em Instituição de Ensino, conforme declara a Constituição da República Federativa do Brasil.

Mas, isto só acontece num sistema político podre, pois reune o interesse individual ou de determinados grupos, em detrimento de outros, as vezes muito maiores - O POVO.

Como explicar as ofensas oferecidas pela OAB ao MEC e aos projetos governamentais, e PASMEM !! sem resposta, quando na busca da defesa desse exame que resulta em enormes cifras anuais, aproximadamente R$80.000.000,00 (oitenta milhoes de reais) só de inscrições.

Qual o resultado direto dessa ofensa à população estudantil e trabalhadora ?

Nasce desse tipo de rejeição, o SISTEMA DE CASTAS, onde somente os mais preparados intelectualmente falando, aqueles que estudam e só estudam, pois são diretamente patrocinados pelos pais ou esquemas, poderão realizar tal exame equiparável a concursos de Magistrados a Ministério Público, com aprovação. Restando ao pobre ou mais humilde, a rejeição de uma entidade, que juridicamente ainda não possui caráter específico, quanto mais, poder para classificar habilitando ou não cidadãos brasileiros ao mercado de trabalho.

Quando o Poder Judiciário, Legislativo e Executivo rendem-se à essas manobras, pois fazem parte do mesmo joguinho de interesses, e com política falsa, estendem aos mais pobres a possibilidade de financiamentos estudantis, COTAS, dentre outras, ROUBA dessa mesma gente (o Povo) a sua possibilidade de ascensão, o sonho e a busca por dias melhores, pois os renega, oferecendo, via de consequencia, a certeza de sua perpétua posição na camada social ( POBRE ).

Precisamos urgentemente, e antes de tudo, reaprender o conceito de FAMÍLIA, e principalmente, defendê-la com sangue se possível;


Precisamos retomar o significado do RESPEITO PRÓPRIO o da COMPAIXÃO e SOLIDARIEDADE e,

Efetivamente, toda a Comunidade Brasileira deve restabelecer a EDUCAÇÃO como meta, fortalecendo as Escolas e os seus valorozos profissionais.

AVALIO que somente um Correto Movimento Revolucionário Cultural, vez que não se trata de renovar ou repaginar a nossa cultura, pois estaríamos regredindo, e sim, criar novas condições objetivas e subjetivas focadas na construção de uma nova sociedade, sem jeitinhos ou acordos, mas definitivamente, leal aos propósitos da lavagem da imoralidade política constituida.

De: Carlos Passinha - BASTA !




CASO PALOCCI - COMISSÃO DA PRESIDÊNCIA DECIDE NÃO INVESTIGAR O PATRIMÔNIO DE PALOCCI


Ministro teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010.


Pertence disse que falou a Palocci para restringir atuação de consultoria.

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, disse nesta segunda-feira (16) que decidiu não investigar a notícia de que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010, quando era deputado federal.

"Não nos cabe indagar da história das fortunas dos pobres e dos ricos que chegam a ministro de Estado", afirmou após debater o tema na reunião mensal da comissão.

De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, Palocci comprou um apartamento de luxo nos Jardins, em São Paulo, por R$ 6,6 milhões, que foi registrado da empresa dele em novembro de 2010. Ainda segundo o jornal, um ano antes, Palocci comprou um escritório na cidade por R$ 882 mil. O imóvel, segundo a reportagem, também foi registrado em nome de uma empresa na qual o ministro possui 99,9% do capital.

Segundo Pertence, antes de tomar posse como ministro, Palocci indagou se haveria conflito de interesse em manter a empresa de consultoria. O presidente da Comissão de Ética disse ter aconselhado que Palocci se afastasse das decisões administrativas e reduzisse a área de atuação da empresa. Ele explicou que atualmente a empresa do ministro da Casa Civil serve apenas para administrar dois imóveis e que a gestão dela é feita por uma instituição bancária.

"A fórmula que se chegou foi mudar o objeto da sociedade, criar esse contrato de administração de bens com uma instituição bancária, deixando explícito que ele, ministro, não terá nenhuma participação profissional de consultoria e sequer será consultado sobre as decisões de investimento ou de administração desse patrimônio", afirmou.

De acordo com Pertence, a "fórmula" encontrada por Palocci para evitar conflitos de interesse já foi utilizada pelo ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Sepúlveda Pertence disse que ainda que a Comissão de Ética só poderá analisar o aumento de patrimônio de Palocci se houver comprovação de falsidade nas informações prestadas pelo ministro quando tomou posse. Todas as autoridades do Executivo devem declarar à comissão informações que possam eventualmente gerar conflitos de interesse, como participação em empresas privadas e parentes em cargos públicos.

"Não temos como [investigar], a partir apenas deste patrimônio declarado por ele e tendo tomado as medidas cautelares necessárias a evitar conflitos de interesse no exercício do ministério. Salvo denúncias concretas de falsidade nas informações que prestou ao tomar posse não é matéria de competência da comissão a examinar", disse.

De acordo com Pertence, só caberia à Comissão de Ética analisar a evolução patrimonial de Palocci enquanto ministro da Casa Civil.

"Ninguém perguntou a muitos milionários que chegaram a ministro como se tornaram milionários. A declaração patrimonial é para que se controle suas variações patrimoniais como ministro."

Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília

COMO MULTIPLICAR 20 VEZES SEU PATRIMÔNIO PESSOAL ? ANTONIO PALOCCI TEM A RESPOSTA.






O atual ministro da Casa Civil, o Sr. Antonio Palocci, em conformidade o exposto pelo jornal Folha de São Paulo, publicado nesta data, versa que este digníssimo senhor de forma inexplicável, talvez, com ajuda de uma receita caseira ou dos guros que também ajudaram aos anões da mega-sena, tenha multiplicado seu patrimônio por apenas 20 (vinte) vezes.

Pasmem !!! só vinte vezes ... !!!

Segundo a reportagem, Palocci comprou um apartamento de luxo na capital paulista em novembro de 2010 por 6,6 milhões de reais. No ano anterior, o ministro já havia adquirido um escritório em São Paulo por 882 mil reais. O valor dessas aquisições, quase 7,5 milhões de reais, é 20 vezes maior que o patrimônio declarado pelo petista nas eleições de 2006.

Isto tudo, em menos de 5 anos, declara ainda a matéria que tal evolução patrimonial se deu quando ocupava cargo Deputado Federal, pois em 2006, época em que Palocci se elegeu deputado federal, seu patrimônio declarado era de 375 mil reais. Este valor correspondia a uma casa em Ribeirão Preto, um terreno e três carros. Nos quatro anos em que exerceu mandato de deputado, Palocci recebeu 974 mil reais brutos em salário. A quantia é insuficiente para pagar os imóveis adquiridos.

Documentos apresentados pela Folha revelam ambos foram quitados.

Palocci afirmou à reportagem da Folha que os dois imóveis estão registrados em nome da empresa Projeto Administração de Imóveis, da qual ele é dono. Palocci afirma que os bens foram comprados com recursos que a companhia recebeu no período em que atuou como uma consultoria. Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, ele também informou ter declarado os bens adquiridos à Comissão de Ética Pública da Presidência da República.


ACREDITE SE QUISER !!!!


De: Carlos Passinha - BASTA ! Faz a diferença

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PORTUGAL - REJEITAR PELA LUTA E PELO VOTO O PACTO DE SUBMISSÃO






O PCP reagiu, no dia 5, através de uma declaração do seu Secretário-geral, ao pacto assinado entre o FMI/BCE/CE e PS, PSD e CDS-PP. Jerónimo de Sousa alertou para a gravidade das medidas nele contidas, realçando que a não serem travadas pela luta, hipotecarão por décadas o futuro de Portugal e dos portugueses. Assim, a denúncia e rejeição deste pacto é, mais do que um direito, um dever, realçou o Secretário-geral comunista, reafirmando o caminho alternativo que o PCP propõe. Transcrevemos em seguida a declaração de Jerónimo de Sousa.

1. O pacto hoje revelado entre as entidades internacionais encarregadas de consumar o acto de ingerência externa e os partidos políticos – PS, PSD e CDS-PP – que ambicionam, à sua sombra, encontrar justificação para prosseguirem o rumo de afundamento, empobrecimento e abdicação nacional, constitui um acto ilegítimo e antidemocrático.

Ilegítimo tanto no seu conteúdo como no seu significado político e institucional. Uma intervenção ilegítima, solicitada por um Governo limitado a meras funções de gestão e com a Assembleia da República dissolvida, que no seu conteúdo afronta e viola a Constituição da República.

Uma intervenção tão mais ilegítima quanto PS, PSD e CDS-PP pretendem, por via de uma inaceitável manobra de antecipação, criar factos consumados nas costas dos portugueses, quando os portugueses são chamados a decidir sobre o futuro do País no próximo dia 5 de Junho.

Uma ilegitimidade que nenhuma manobra futura que os seus promotores tenham em vista ensaiar poderá disfarçar ou tornar legítima. A chamada «margem de manobra» ou a «contribuição positiva» que PSD e CDS-PP cinicamente invocam agora para justificar o seu apoio, não passa de um exercício demagógico perante um pacote que, do ponto de vista estrutural e das suas principais opções, está definido em pormenor e cujas eventuais alterações serão no sentido de o agravar.

O PCP sublinha a particular gravidade de uma intervenção que – pelo seu significado, conteúdo e comprometimento futuro – constitui um verdadeiro golpe contra o regime democrático, a soberania de decisão do povo português e a independência nacional.



2. O PCP declara que, perante o anúncio destas medidas e deste entendimento ilegítimos e ruinosos, o povo português tem não só o direito mas o dever de denunciar, não reconhecer e rejeitar aquilo que foi forjado e imposto pelo conluio entre o FMI, a União Europeia, o PS, o PSD e o CDS-PP.

Um direito e um dever que em 5 de Junho deve ser transformado em oportunidade de dizer Não! e contribuir para impedir, pelo voto popular, um pacto de submissão, retrocesso e abdicação que condena o País, os trabalhadores e o povo português à pobreza, ao sub-desenvolvimento e à dependência extrema. Direito que o PCP assumirá pelo firme compromisso de inscrever na sua acção política a rejeição deste Programa de agressão e de cada uma das suas medidas gravosas.

3. O Programa de austeridade, retrocesso e miséria agora subscrito entre as duas troikas – a da imposição externa e a da submissão nacional – é a revelação e concretização plenas do que o PEC 4 apresentado pelo Governo em Março passado previa.

Um Programa que, para lá do descarado acto de dissimulação ensaiado pelo primeiro-ministro, constitui um acto sem precedentes na escalada de exploração, de venda do País e de saque dos recursos nacionais.

José Sócrates anunciou ao País o que não estava neste Programa porque quis esconder dos portugueses o que ele contém de declaração de guerra aos trabalhadores, aos seus direitos e rendimentos.

É preciso que se fale verdade aos trabalhadores, ao povo e ao País.

O que lá está é a facilitação e embaratecimento dos despedimentos quando o que se impõe é criar emprego e combater a precariedade.

O que lá está é menos garantia de protecção no desemprego quando o que se impõe é assegurar protecção a centenas de milhares de famílias.

O que lá está é, de facto, o congelamento dos salários, incluindo do Salário Mínimo Nacional, o congelamento e novos cortes no valor das pensões, o que significa a perda real de poder de compra, quando o que se impõe é valorizar os salários e as reformas para assegurar condições de vida dignas, combater a pobreza e dinamizar a economia.

O que lá está é a escandalosa tributação fiscal das prestações sociais quando o que se impõe é que se tribute a banca e as grandes fortunas.

O que lá está é o anúncio de um aumento brutal de encargos e de redução do rendimento disponível para a generalidade das famílias com aumentos na factura da electricidade, nos bens essenciais, nos transportes e nos encargos com a habitação.

O que lá está é uma significativa penalização por via da carga fiscal, designadamente com a redução e eliminação das deduções no IRS de despesas com saúde, educação ou habitação.

O que lá está é o aumento das taxas moderadoras, o aumento dos medicamentos e a degradação dos cuidados de saúde, impedindo de facto o acesso a cuidados de saúde a centenas de milhares de portugueses, em particular dos mais idosos.

Todos estes sacrifícios que atingem o povo português não vão resolver qualquer problema do País. São medidas que, segundo os seus próprios responsáveis, vão significar recessão económica (quebra de 4 por cento), com mais destruição da produção nacional. Com estas medidas Portugal em 2013 vai retroceder para níveis de há uma década e o desemprego vai passar dos actuais 800 mil desempregados para próximo de um milhão em 2013.

O primeiro-ministro disse o que não estava no Programa mas escondeu, como escondem o PSD e o CDS-PP, quem são os beneficiários directos e o destino desse 78 mil milhões de euros que só acrescentarão mais endividamento e mais sacrifícios. Porque se o dissesse o País ficaria a saber que parte dele (12 mil milhões) vão direitos à caixa da banca nacional, que a parte mais significativa nem sequer entrará no País indo directamente para os bolsos daqueles que especulam com a dívida nacional e que, do que puder sobrar, mais de 35 mil milhões estão apresentados como garantia do Estado para os bancos.

Como bem sabem PS, PSD e CDS-PP o que não está no Programa são as medidas de taxação dos banqueiros, dos grupos económicos e das grandes fortunas. Pelo contrário, o que está no programa é: a drenagem directa de recursos do Estado para a banca; a preparação de uma alienação do BPN ao preço da chuva ficando o Estado com os cerca de cinco mil milhões de euros do seu passivo, depois de já lá ter enterrado mais de 2 mil milhões de euros; a entrega em bandeja ao grande patronato de mão-de-obra barata e trabalhadores sem direitos e prontos a despedir; a alienação ao desbarato a favor do grande capital nacional e estrangeiro de importantes activos e empresas com um papel estratégico na economia nacional.

O que PS, PSD e CDS-PP não dizem e escondem é que este empréstimo se traduz em si próprio, pelos juros a ele associados, na continuação do processo de extorsão dos recursos nacionais, canalizando durante a próxima década verbas que atingirão dezenas de milhares de milhões de euros, conduzindo a uma situação insustentável.

É este o Programa de exploração, injustiças, empobrecimento e de declínio económico e social a que PS, PSD e CDS-PP deram o seu apoio. Um Programa que é sobretudo um milionário pacote de apoio e garantias a banqueiros e monopolistas, de entrega de recursos públicos para o bolso da agiotagem e especuladores nacionais e estrangeiros, que premeia e alimenta o processo de saque que os «mercados financeiros» lançaram sobre o País, que aliena a independência nacional e o direito de Portugal a um desenvolvimento económico e social soberano.



4. A situação para a qual o País foi arrastado não é obra de acaso. Tem na sua origem razões e responsáveis políticos. É a consequência directa de 35 anos de contra-revolução revanchista, contra as conquistas e a Constituição de Abril. É a consequência de décadas de política de direita, conduzida por PS, PSD e CDS-PP, ao serviço do grande capital, da reconstituição do capitalismo monopolista e dos seus interesses. É a consequência do processo de integração capitalista da União Europeia profundamente lesivo dos direitos dos trabalhadores e do povo e entusiasticamente apoiado por PS, PSD e CDS-PP. Estes mesmos partidos que sobre os escombros da agenda de declínio e ruína que impuseram ao País se reúnem de novo, unidos agora num programa de venda e submissão do País que, a não ser rejeitado pelos trabalhadores e pelo povo português, hipotecará por décadas o futuro de Portugal e dos portugueses.

Ao longo do processo o PCP rejeitou esta ingerência, denunciou a farsa da dita negociação, questionou o Governo sobre a real situação financeira e os compromissos assumidos e afirmou as suas propostas.

Há um caminho alternativo para vencer a dívida, promover o desenvolvimento, assegurar um país soberano.

Um caminho baseado numa atitude patriótica de defesa dos interesses nacionais e de não abdicação perante o capital financeiro nacional e estrangeiro. Um caminho que responde ao problema da dívida, exigindo a sua renegociação imediata – juros, prazos e montantes.

Um caminho que assume a prioridade da defesa, valorização e promoção dos recursos nacionais e da capacidade produtiva do País (nas pescas, na agricultura, na indústria) e, em primeiro lugar, da defesa e valorização do mais importante recurso nacional – os trabalhadores. Um caminho capaz de assegurar o desenvolvimento e o crescimento económico, que valorize os trabalhadores e os seus rendimentos, dinamize o mercado interno e a actividade das pequenas e médias empresas.

Um caminho que, afrontando os interesses do capital financeiro e dos grupos económicos, retome o controlo pelo Estado dos sectores estratégicos da economia nacional, afirme a subordinação do poder económico ao poder político e assegure o futuro independente e soberano de Portugal.

No momento em que se consuma um vergonhoso acto de submissão e abdicação levado a cabo em coordenação pela grande burguesia nacional e estrangeira, o PCP dirige-se a todos os portugueses apelando ao seu sentido patriótico, ao seu sentido de justiça, à sua determinação e para que, pela sua acção e pelo exercício dos seus direitos constitucionais, expressem na luta e no voto o seu repúdio a este ataque contra Portugal e os portugueses.

Por mais condicionamentos e dificuldades que pretendam impor, o povo português não está condenado a um presente e a um futuro de dependência e submissão face aos interesses do grande capital e das grandes potências. O PCP reafirma a sua profunda convicção de que é possível a abertura de novos caminhos de desenvolvimento soberano que, por ruptura com a política de direita, concretize uma nova política, patriótica e de esquerda, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País.

De: AVANTE