segunda-feira, 24 de setembro de 2012

IBGE - RETRATO DA COVARDIA




QUANDO A COVARDIA É MEDIDA PELO GOSTO DO PODER E DO CONFORTO QUE ELE OFERECE $$$$$$$


IBGEANOS, no vídeo abaixo, demostraremos a covardia de uma direçãozinha que atuou durante anos na Casa IBGE.

É incrível a "cara de pau" do sujeito, que mente tanto que nem sente - medíocre !!!

Para defender a sua permanência no cargo, é preciso antes defender uma política de precarização plena no IBGE, proposta esta, demandada pelos governantes deste país, que há mais de duas décadas procuram como cupins, roer todo este órgão.

Pasmem !!!

Essa criatura que se disse presidente, e que no vídeo certamente vocês poderão conferir o que declaro; em nenhum momento, mesmo avisado em caráter especial, ofereceu qualquer ajuda ou opinião, jamais acenou com qualquer possibilidade de discussão a respeito do outrora PLS 392/2008, atualmente PL 6.127/2009; jamais pontuou entre as direções hierarquicamente inferiores, qualquer circunstância a respeito do projeto; nunca respondeu qualquer questão levantada pelo sindicato ou servidores sobre o tema.
 
Entretanto, em entrevista a TV SENADO, quando questionado pelo formato de trabalho apresentado no Censo Agropecuário, haja vista a utilização maciça de temporários para a realização de tal serviço, oferecendo a falta de credibilidade à sociedade, sobre os dados apontados, vem esse assistente de gozação levantar a condição de que todos os servidores são de carreira, desde o presidente ao contínuo.

É ser muito MENTIROSO .....

E pior, ainda usa o nosso atual PL 6.127/09, para se defender da acusação, onde declara que POSSUI UM SENADO E UMA CÂMARA DOS DEPUTADOS, vez que lá começou e tramita o projeto que ele PRÓPRIO CUSPIU E ANDOU, e que fomos nós do BASTA! que iniciamos todo o processo de convencimento e sensibilização parlamentar, sobre a nossa proposta de defesa da Casa IBGE.

MENTIROSO - CANALHA

Onde estão os "ditos"defensores do PL ( NÚCLEO AVENIDA CHILE) que possuíam esta gravação e nunca a tornaram pública ????

Onde estão os "camaradas" sindicalistas da Executiva Nacional da ASSIBGE-SN, que ainda viram as costas para o único instrumento de defesa do IBGE e de seus servidores e permitem que venham surgir coisa esquisitas como: agência nacional de cartografia e outras mais ...????

É lamentável o que este projeto, por menos que tenha, ofereça e muito, a alguns grupinhos ardilosos deste mundo IBGE, sejam diretores ou sindicalistas.


TODOS SÃO IGUAIS


De: BASTA !

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

TCHÊ GAROTO - DÊ UMA PARADA EM BRASÍLIA



UM BRINDE AO ESFORÇO E AO TRABALHO DESSA GAROTADA

TCHÊ GAROTO



Um grupo familiar, formado por mais de 04 irmãos, se contei direito, atua na VILA PLANALTO - BRASÍLIA, ajudando a progredir aquela localidade numa combinação de comprometimento, qualidade e atendimento com sua clientela.





 
Essa garotada traz à sua mesa, a lembrança da Terra Sul, com aquele apetitoso churrasco, seguido de um atendimento personalizado.



Começaram num restaurante, na Avenida Rabelo, e hoje atuam além desse, em mais uma nova churrascaria, situada na Avenida Belém Brasília, também na Vila Planalto.



E mais ..., como diz o dito popular:




SE BEBER
NÃO DIRIJAS






Eles também lhe ajudam neste sentido, pois atendem no HOTEL - TCHÊ GAROTO, que fica ao lado da churrascaria.

 












Uma bela obra de brasileiros que acreditam no país e na força de seu trabalho.

De: GRITE

IBGE - PROJETO DE LEI 6.127/09, CONTINUA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


O PROJETO DE LEI 6.127/09,
CONTINUA AGUARDANDO APROVAÇÃO DA SUA REDAÇÃO FINAL NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


Em dias conturbados em Brasília, envolvendo a discussão sobre o julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, e por todas outras demandas importantes ao país, incluindo-se nestas, o PL 6.127/09, que nos últimos meses, repentinamente, apresentam grandes interessados, como setores das Forças Armadas, em abocanhar importantes e grande parcela de atividades do IBGE, objetivando a criação de outro organismo estatal com braços da iniciativa privada, e via de consequencia, a extinção do INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE.

Estranhamente em 2008, o Grupo BASTA !, como já amplamente dito neste Blog, ao lançar apelo à Casa Legislativa - Congresso Nacional, acolhido de pronto pelo ilustre e incomparável Senador Cristóvam Buarque, em sue Projeto de Lei do Senado - PLS392/08, onde pleiteávamos o reconhecimento constitucional do IBGE e de seus funcionários, 20 anos depois da promulgação da Constituição Federal; viu um segmento da iniciativa privada, dentro da Câmara dos Deputados, após a nossa iniciativa vitoriosa com PLS 392/08, tentar retirar competências do IBGE, como Cartografia e Geodesia e, entregá-las aos estados e municípios, podendo ser estendidos a grupos privados.

Ocorre que, tal pretensão foi FULMINADA pela INCONSTITUCIONALIDADE do pedido, no nascimento, vez que parlamentares em seus pareceres e votos, identificaram ser constitucional e natural a competência do IBGE, para as atividades atacadas.

HOJE, com a mesma voracidade e mais organizados, pois vêm desde a última derrota (2008), preparando-se para conseguir o seu intento e, conscientes do grave perigo frente ao penúltimo "round" - APROVAÇÃO DA REDAÇÃO FINAL DO PL 6.127/09. Estes grupos aliados a governistas não interessados ao encaminhamento desta demanda à sanção presidencial antes das eleições municipais de 2012, procuram com sucesso o entravamento desta simbólica e preciosa fase.

Por outro lado, é pequeno o número de defensores do IBGE sobre as diretrizes do PL 6.127/09, haja vista o silêncio fúnebre e covarde da direção do órgão, e a total apatia por parte da direção sindical da ASSIBGE, não sendo identicamente seguida pelo corpo funcional do IBGE, tornando-se "PRESA" fácil para essses ...... .

Nestes dias 18 e 19, na CCJC em Brasília, ficou evidente os fortes interesses para muitos em tentar matar o assunto IBGE x PL 6.127/09, pois com a presença maciça de representantes da iniciativa privada no Plenário e ninguém do IBGE, discutiam aberta e seguramente entre seus pares, a necessidade de promover o fim deste projeto que atrapalhará e muito suas intenções.

IBGEANOS,
SÓ DEPENDE DE NOSSA UNIÃO,
A DEFESA DESTA CASA IBGE.


VAMOS JUNTOS
CHANCELAR A NOSSA VITÓRIA !!!


De: BASTA !

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

TRIBUNAIS SUPERIORES ANALISARÃO PROJETO SALARIAL E DIAS PARADOS DE SERVIDORES


Projeto salarial e dias parados vão estar na pauta da reunião dos diretores-gerais dos tribunais superiores, segundo diretor-geral do Supremo
O dirigente da federação nacional (Fenajufe) Antonio Melquiades defendeu junto ao diretor-geral do STF, Amarildo Vieira, que o tribunal se definia pela reposição dos dias parados da greve por meio da colocação dos serviços em dia, sem desconto ou compensação hora a hora. O tema deverá ser ponto de pauta da reunião entre os diretores-gerais (DGs) dos tribunais superiores, que pode ocorrer na sexta-feira (14), em Brasília.

Sindicatos e servidores pressionam nos estados as administrações regionais pela reposição dos dias com serviço. Mas uma sinalização clara das esferas superiores pela compensação nestes parâmetros, sem desconto ou reposição de cada hora, teria um peso a mais para um desfecho favorável nesta disputa. "Pedi para ele pautar a questão da compensação [na reunião], disse que a gente não aceita compensar hora a hora", relata Melqui, que conversou com o diretor-geral do Supremo Tribunal Federal por telefone.

Para o dirigente sindical, esta é uma batalha complementar a uma greve que, se não obteve uma grande vitória econômica, derrubou a política de 'reajuste zero' do governo Dilma Rousseff, expôs a falta de investimentos nos serviços públicos e pôs as demandas dos servidores na ordem do dia. A força do movimento conjunto [do funcionalismo] teve energia para obrigar o governo a descer do pedestal e conversar, analisa.

PL 4363 em pauta 

 
Segundo Amarildo informou à reportagem, em entrevista por telefone, a reunião entre os DGs está sendo articulada para esta sexta, mas pode ter a data alterada a depender da disponibilidade dos diretores. O encontro terá como tema central o projeto salarial recém-enviado pelo STF ao Congresso Nacional, o PL 4363/2012. Será abordada a sua implantação e a busca de uma solução para o pequeno buraco orçamentário que persiste na proposta - estimado em R$ 135 milhões.

De acordo com o próprio Amarildo, o STF trabalha com três possibilidades para resolver o problema: obter um acréscimo de 0,69% sobre a folha no orçamento com o governo - o que pode ser objeto de conversa entre o presidente Ayres Britto e a ministra Miriam Belchior (Planejamento) nos próximos dias -, retardar um pouco nomeações de cargos ou postergar a implantação do projeto um mês a cada ano, ou três meses em 2015, cujas parcelas estão previstas para 2013, 2014 e 2015, sempre em janeiro. Esta possibilidade, é lógico, não agrada aos servidores.

Dias parados 
 
Sobre os dias parados, o diretor-geral diz não ver sentido no Judiciário praticar quaisquer mecanismos que sejam mais severos do que o que vier a ser adotado pelo Poder Executivo para as categorias que também estiveram em greve. "Vamos iniciar isso [esse debate] e vou ver qual é a extensão dessa iniciativa que o Poder Executivo fez de pagar os dias parados. Não posso falar com relação aos outros [tribunais], mas sei que qualquer coisa que a gente faça aqui repercute nos outros porque é o Supremo que fez", disse.

Na avaliação de Melqui, que também é dirigente do sindicato de São Paulo (Sintrajud), é preciso manter a atenção e a mobilização da categoria tanto com relação à negociação dos dias parados, quanto no que diz respeito à própria tramitação do projeto e sua posterior implantação. Tem que colocar pressão, o governo fechou acordo, mas o governo não pode assinar medida provisória para dar aumento para o Judiciário. Como o projeto vai tramitar comissão por comissão, tem que pressionar para aprovar logo. A alternativa que a gente vai buscar é jogar o projeto direto para plenário, explica. Na visão dele, é possível, inclusive, pressionar para que isso ocorra já no esforço concentrado convocado pela Câmara e pelo Senado para de 18 a 20 de setembro hoje o Congresso se encontra no chamado recesso branco, em decorrência das eleições municipais de outubro.

Reunião Fenajufe

A federação nacional decidiu, na reunião executiva realizada na quarta-feira (12), solicitar novas audiências com as presidências do STF e do Tribunal Superior Eleitoral, para tratar do projeto e dos dias parados. A federação também convocará reunião com um representante de cada entidade filiada para o dia 26 de setembro, para definir os próximos passos da luta pelo fim do congelamento salarial.

Fonte: Luta Fenajufe Notícias

DILMA NOMEIA JUIZ E STF REJEITA




STF derruba nomeação de juiz feita por Dilma

Por unanimidade, os ministros derrubaram a nomeação feita por Dilma de um magistrado para o Tribunal Regional Federal da 2. ˚Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) e a forçaram a promover outro juiz federal. Pela decisão de ontem, a presidente fica obrigada a nomear o juiz que estiver pela terceira vez seguida, ou pela quinta vez alternada, na lista tríplice preparada pelos tribunais com os nomes dos magistrados que devem ser promovidos por merecimento.
No caso concreto, o STF anulou a nomeação feita em abril do ano passado do juiz federal Marcelo Pereira da Silva, que integrava a lista de promoção por merecimento pela segunda vez seguida. Em vez disso, a presidente teve de nomear o juiz Aluísio Gonçalves de Castro Mendes, cujo nome constava pela terceiravez da lista e que já tomou posse ontem no TRF-2.

De acordo com integrantes do governo, uma das razões de Dilma para preterir Castro Mendes foi o fato de o juiz contar com o apoio do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O parlamentar já questionou a sexualidade da presidente e afirmou que ela nunca poderia ser eleita, em razão da participação na luta armada contra a ditadura militar.

Apesar de ter votado pela anulação da indicação, o ministro Gilmar Mendes admitiu que a decisão pode tirar do presidente qualquer poder de nomeação para os tribunais federais de segunda instância. De acordo com ele, além de alijar o Executivo deste processo, a decisão do STF pode alimentar conflitos nos tribunais, já que a escolha de um nome para a lista pode ser definitiva, caso determinado magistrados já tiver composto a lista em outros momentos.

Mudança na lei. O processo julgado ontem pelo tribunal foi movido por associações de classe e pelo juiz inicialmente preterido. O questionamento jurídico foi gerado pela alteração feita na Constituição em 2004, com a Reforma do Judiciário . Pela redação antiga, o juiz que figurasse três vezes seguidas na lista ou cinco vezes alternadas obrigatoriamente seria nomeado. O texto foi mudado e a obrigatoriedade expressa foi retirada da Constituição.

Os ministros julgaram que, mesmo com a alteração, a nomeação do juiz federal que estiver na lista pela terceira vez consecutiva é obrigatória. Nesse caso, restaria ao presidente apenas carimbar a escolha do tribunal. O juiz não tem que ficar disputando a simpatia do Executivo, justificou o ministro Luiz Fux.

Nesses casos, conforme o ministro Ricardo Lewandowski, o critério técnico se sobrepõe ao político, que permitiria à presidente escolher o nome de sua preferência. Ayres Britto afirmou que a independência do Judiciário , ao montar a sua lista, se sobre põe à harmonia entre os poderes, que garantiria à presidente a decisão sobre quem nomear.

O indicado. Castro Mendes, o juiz imposto pelo STF ao Planalto

De: Correio Forense

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MENSALÃO - O JULGAMENTO DO MAIOR ROUBO DO BRASIL, NESTE NOVO MILÊNIO, GERA TENSÃO ENTRE MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL




Clima no julgamento do mensalão volta a ficar tenso com nova discussão entre Barbosa e Lewandowski

Brasília - Um clima de mal-estar voltou a se instalar entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. O relator e o revisor da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão, discutiram por duas vezes em menos de dez minutos hoje (12), no início da sessão do julgamento.
Ao começar seu voto sobre o capítulo quatro, que trata de lavagem de dinheiro no núcleo financeiro e no núcleo publicitário, Lewandowski citou uma reportagem jornalística em que o delegado da Polícia Federal (PF) Luís Flávio Zampronha afirma que a ré Geiza Dias não deveria ter sido denunciada. Zampronha chefiou as investigações do caso mensalão na PF entre 2005 a 2011.

Enquanto Lewandowski procurava um documento, Barbosa tomou a palavra para criticar a citação. Vejam como as coisas são bizarras no nosso país. Um delegado preside um inquérito e, quando ele já se transforma em ação penal, ele vai à imprensa e diz que fulano não deveria ter sido denunciado. Isso é um absurdo. Em qualquer país decentemente organizado, um delegado desse estaria, no mínimo, suspenso.

O argumento foi corroborado pelo ministro Gilmar Mendes, para quem o processo tem elementos suficientes para ser discutido sem citações externas. É atitude heterodoxa falar com base em jornais. Isso porque dissemos que vamos apenas nos ater em provas, disse Mendes.

Lewandowski continuou seu voto falando que o processo do mensalão não é dos mais ortodoxos e, ao absolver Geiza Dias, começou a desconstruir a tese condenatória de Barbosa. O estilo do revisor desagradou Barbosa. Isso aqui não é academia. Estamos aqui para examinar fatos e dados e dar a decisão. Vamos parar com essas intrigas, disse Barbosa, chamando o revisor a fazer um voto sóbrio.

Lewandowski se disse perplexo com a intervenção do colega, ressaltando que estava apenas apresentando outro ponto de vista. Há pontos em que nós discordamos. Jamais ousaria insinuar que [o voto] esteja incompleto ou que, de qualquer forma, não tenha atendido aos cânones processuais. Longe de mim. O senhor está fazendo ilação descabida, retrucou o revisor.

Os ânimos só foram acalmados após a intervenção do presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, e do decano Celso de Mello, que destacaram a importância de opiniões divergentes no colegiado. Ayres Britto garantiu a palavra para que Lewandowski continuasse seu voto da maneira que considerasse adequada.

Além de absolver Geiza Dias, funcionária da empresa de Marcos Valério, o revisor já votou pela inocência de Ayanna Tenório, ex-dirigente do Banco Rural. É o segundo voto favorável a Tenório, que também foi absolvida do crime de lavagem de dinheiro por Joaquim Barbosa na última segunda-feira (10).

De: Agência Brasil

RATOS E HOMENS



por J.R. GUZZO

Quando o ex-presidente Lula indicou o nome do procurador Joaquim Barbosa para o Supremo Tribunal Federal, em 2003, aplaudiu a si mesmo por mais esse lance da genialidade política que lhe é atribuída. Tornava-se, com isso, “o primeiro presidente deste país” a levar um negro à mais alta corte de Justiça do Brasil ─ o que não é bem assim, pois antes de Barbosa o STF teve dois ministros mulatos, já esquecidos na bruma dos tempos. Mas o que vale nas coisas da política, em geral, é o que se diz ─ e o que se disse é que havia ali um plano magistral. O novo ministro, agradecido pela honra recebida, seria um belo amigo do governo nas horas difíceis. Acontece que os melhores planos, muitas vezes, não acabam em bons resultados; o que decide tudo, no fim das contas, são os azares da vida. O grande problema para Lula foi que o único negro disponível para ocupar o cargo era Joaquim Barbosa ─ e ali estava, possivelmente, uma das pessoas menos indicadas para fazer o que esperavam dele.

Para começo de conversa, Barbosa dá a impressão de detestar, positivamente, o rótulo de primeiro “ministro negro” do STF. Não quer que pensem que está lá para preencher alguma espécie de “cota”; a única razão de sua presença no STF, julga o ministro, são seus méritos de jurista, adquiridos em anos de trabalho duríssimo e sem a ajuda de ninguém. Nunca precisou do apoio da “comunidade negra”, nem da secretaria da igualdade racial, ou coisa que o valha. Também não parece se impressionar, nem um pouco, com gente de origem humilde. É filho de um pedreiro do interior de Minas Gerais, tornou-se arrimo de família na adolescência e ao contrário de Lula, que não bate ponto desde que virou líder sindical, em 1975, Barbosa começou a trabalhar aos 16 anos de idade e não parou até hoje.

O ministro, além disso, é homem de personalidade notoriamente difícil, sujeita a ásperas mudanças de humor e estoques perigosamente baixos de paciência. É atormentado por uma hérnia de disco que lhe causa dores cruéis e o obriga muitas vezes a ficar de pé durante as sessões do STF. É, em suma, o tipo de pessoa que se deve tratar com cuidado. Lula e o PT fizeram justamente o contrário. Quando Barbosa se tornou relator no processo do mensalão, em 2006, continuaram apostando todas as fichas na histórica impunidade com que são premiados no Brasil réus poderosos e capazes de pagar advogados caros. Descobriram, agora, que o trabalho de Barbosa puxou as condenações em massa no julgamento do mensalão ─ e jogou uma banana de dinamite no sistema de corrupção que há dez anos envenena a vida pública no Brasil.

A primeira trovoada séria veio quando o ministro aceitou a denúncia da procuradoria contra os quarenta do mensalão. Na época, o único deles com cabeça foi o ex-secretário-geral do PT Silvio “Land Rover” Pereira; não contestou a acusação, foi punido com prestação de “serviços comunitários” e acabou resolvendo seu caso a preço de custo. Os demais, guiados pelo farol de Lula, preferiram ficar debochando. Durante o tempo todo, ele sustentou que o mensalão “nunca existiu”. Quando o julgamento começou, disse que não iria acompanhar nada: “Tenho mais o que fazer”.

Delúbio Soares, operador-mor do guichê de pagamento do esquema, afirmou que tudo iria acabar em “piada de salão”. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, garantiu que o povo estava interessado, mesmo, é na novela das 9. O que queriam com isso? Imaginavam que Joaquim Barbosa, trabalhando como um burro de carga, com a tortura da dor nos quadris e seu temperamento de porco-espinho, estava achando engraçado ouvir que o seu esforço era uma palhaçada inútil? Lula e sua tropa tinham certeza de que o processo iria se arrastar até o Dia do Juízo Final. O ministro Barbosa, hoje, poderia dizer: “Não contavam com a minha astúcia”. No caso, sua astúcia foi entender a diferença entre “muito tempo” e “nunca”. Tudo seria demorado, claro. Mas ele tinha certeza de que terminaria o seu trabalho ─ e que os 80% de popularidade de Lula, aí, não iriam servir para nada.

Em sua curta obra-prima Ratos e Homens, um dos clássicos da literatura populista americana, John Steinbeck se inspira num antigo poema escocês para nos dizer que os mais bem cuidados planos deste mundo, sejam feitos por ratos ou por homens, são coisas frágeis; podem ser desfeitos pela roda do acaso, que é indiferente tanto aos projetos mais humildes quanto aos mais ambiciosos, e só acabam deixando mágoa e dor. Joaquim Barbosa talvez faça com que os mensaleiros se lembrem disso por muito tempo.

De: Veja