quarta-feira, 30 de março de 2011

RICARDO GAMA - E SUA ENTREVISTA










O GRITO DO CIDADÃO disponibiliza abaixo, a entrevista concedida a um grande jornal (O DIA) com circulação marcante no Estado do Rio de Janeiro, vejamos:

"‘Agora, serei obrigado a pedir proteção’

Vítima de atentado em Copacabana, blogueiro teme que criminosos tentem novo ataque contra ele e sua família.

Rio - Seis dias depois de ser atingido por quatro tiros — dois deles na cabeça —, o blogueiro Ricardo Gama, 40 anos, classificou o ataque que sofreu quarta-feira, em Copacabana, como um atentado à liberdade de expressão. Com a mulher grávida de nove meses do terceiro filho, ele carrega a sensação de vitória sobre a morte na mesma proporção que sabe que terá de tomar mais cuidado quando receber alta. “Agora, é inevitável: serei obrigado a pedir proteção policial para mim e minha família”, disse ele a O DIA, antes de sair da UTI neurológica para um quarto do Hospital Copa D’Or, em Copacabana.

Sob a custódia de policiais do 19º BPM (Copacabana) no quarto andar do hospital, Gama evitou apontar culpados.

“Seria irresponsabilidade dizer que foi crime político, apesar de 90% do conteúdo do meu blog ser de casos políticos”, desconversou ele, enquanto aguarda as investigações da 12ª DP (Copacabana).

Ontem, agentes identificaram um Ford Ka prata que teria sido usado no atentado. Segundo a polícia, o veículo não consta como roubado na base de dados do Detran-RJ. Os investigadores chegaram ao automóvel após analisar imagens de câmera de segurança perto de onde ocorreu o crime, na passagem de pedestres entre a Praça do Bairro Peixoto e a Rua Santa Clara.

Com duas balas alojadas no braço e costas, o blogueiro se sustenta na repercussão obtida pelo atentado para tentar inibir novos ataques.

“Estou formando uma pequena rede proteção com tudo que aconteceu. Hoje (ontem) voltei a entrar no Twitter um pouquinho, porque o olho direito ainda dói, e o número de seguidores subiu para 25 mil. As pessoas são solidárias”, afirmou. “Sempre soube que poderia sofrer algo que sofri, mas jamais imaginei que fosse no meu bairro, durante a minha rotina de casa até a academia, logo após comprar O DIA na banca", completou ele.

Blog continuará em atividade

“Que país é esse? Estamos em 2011, e o cidadão não pode ter um blog na Internet para fazer críticas?”, questionou ele, que não pretende interromper sua atividade no blog (http//ricardo-gama.blogspot.com), que alcança 30 mil acessos em casos de grande repercussão na mídia.

Filiado ao Partido da República (PR), Gama já integrou o DEM. “Eu me filiei por questão de segurança, logo após receber as primeiras ameaças, mas não adiantou nada”, desabafou.

Ontem, o presidente regional do PSTU, Cyro Garcia, foi visitá-lo, mas não teve autorização para subir à UTI. “Viemos demonstrar nossa solidariedade porque ele apoiou a manifestação em frente ao Consulado dos EUA antes da visita do presidente Barack Obama”."

De: O DIA ONLINE
POR RICARDO ALBUQUERQUE

RICARDO GAMA - CONSCIENTE, DECLARA QUE SERÁ OBRIGADO A PEDIR PROTEÇÃO


Com estado de saúde considerado estável e lúcido, o blogueiro Ricado Gama já deu até entrevista a um jornal de grande circulação no Rio de Janeiro.

Muito emocionado, comparou a agressão sofrida a um atentado à liberdade de expressão, o que já havia sido escrito pelo GRITO DO CIDADÃO quando de sua matéria: RICARDO GAMA - TENTARAM MATAR A TIROS A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE 28/03/2011.

Diante deste quadro clínico favorável, ficam aliviados todos aqueles que acompanham o seu belo e corajoso trabalho, na esperança, de forma mais cautelosa, que venha o mais rápido possível a ...." meter o dedo na ferida " dessa gente hipócrita e sem escrupulos, verdadeiros profissionais da enganação.

Desejamos que sua reabilitação seja breve e que volte logo ao seio de seus familiares.

Continuem prestigiando o seu Blog: http//ricardo-gama.blogspot.com

Estamos aqui de plantão !!!

terça-feira, 29 de março de 2011

VELÓRIO DO EX-VICE-PRESIDENTE JOSÉ ALENCAR SERÁ NO PALÁCIO DO PLANALTO

O velório do ex-vice-presidente da República José Alencar será realizado na quarta-feira (30/3), no Palácio do Planalto, a partir das 10h30. Em avião militar Casa, o corpo sairá de São Paulo (SP) por volta das 7h com previsão de chegar à Base Aérea de Brasília às 9h15. Lá, será recebido pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, pelos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP); da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso.

Em seguida, será levado em carro aberto pelo Corpo de Bombeiros ao Palácio Planalto, passando pelo Eixo Rodoviário Sul (Eixão).

O corpo será recebido por ministros do governo da presidenta Dilma Rousseff e ex-ministros do governo Lula, entre outras autoridades. A visitação pública começa às 10h30 e se estende até às 23h30. Na manhã de quinta-feira (31/3), o corpo será trasladado para Belo Horizonte (MG).

A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula estão em Portugal e chegam ao Palácio do Planalto no início da noite desta quarta-feira (30/3), para acompanhar o velório.

Do: Blog do Planalto

MINISTROS DO GOVERNO DILMA ROUSSEFF COMENTAM MORTE DE JOSÉ ALENCAR


Surpreendido por jornalistas no momento em que comentava as ações do governo federal sobre os conflitos em obras federais, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, se emocionou ao receber informação da morte do ex-vice-presidente José Alencar. Por alguns segundos a voz ficou embargada.

Refeito do impacto que a notícia provocou, Carvalho manifestou o carinho por José Alencar. O Blog do Planalto reproduz a íntegra do depoimento do ministro Gilberto Carvalho.

À noite, ministros da presidenta Dilma Rousseff divulgaram notas de pesar pelo passamento do ex-vice-presidente.

“José Alencar deu muitos exemplos ao Brasil e aos brasileiros. Deu exemplo de determinação para superar a infância pobre; exemplo de amor ao país como senador, ministro e vice-presidente da República; e finalmente um grande exemplo de fé durante sua luta incansável pela vida. Que os exemplos desse grande brasileiro sirvam de inspiração para todos nós”.

Luiz Sérgio, ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

“Foi com profundo pesar que recebi a notícia do falecimento do ex-vice-presidente da República, José Alencar, ocorrida nesta terça-feira (29/3), às 14h41.

O ex-vice-presidente virou símbolo de coragem para o país ao dar exemplo de determinação e serenidade. José Alencar era um guerreiro que, ao longo de sua trajetória, conquistou a admiração de todos os brasileiros. Certamente o Brasil está muito triste ao perder um grande patriota, que deixou seu nome na história brasileira.

Neste momento de dor, transmito meus sentimentos a todos da sua família”.

José Eduardo Cardozo, ministro de Estado da Justiça.

“A vida pública brasileira perde um ícone da nossa melhor política, aquela com pê maiúsculo. Empresário e político, ele foi um exemplo de determinação, altivez e coragem. É lamentável e triste que o Brasil, sua família e seus amigos tenham de enfrentar tal perda, neste momento, com tanta dor. Ele foi um brasileiro verdadeiramente identificado com a nossa gente, comprometido com a construção de uma sociedade mais justa, apegado aos nossos melhores valores democráticos. Foi uma honra conhecê-lo e servir ao seu lado no governo Lula. José Alencar permanecerá como uma força de inspiração para todos os brasileiros”.

Wagner Rossi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.”

O Brasil perdeu, hoje, um de seus melhores filhos.

José Alencar foi um homem simples, por isso mesmo uma pessoa especial. Um grande companheiro de trabalho que conseguiu levar para o mundo empresarial e para a vida pública os valores que cultivou desde sua origem humilde.

Parte de seu legado está associada ao importante protagonismo que teve nos dois mandatos do governo do presidente Lula. Foi co-responsável pelas conquistas desse histórico período.

Faço questão de manifestar pesar e condolências à família e me solidarizo com os demais cidadãos e cidadãs de nosso país, que agora se unem na emoção da despedida de um valoroso patriota”.

Miriam Belchior,ministra do Planejamento.

“O ministro da Saúde e demais dirigentes do ministério da Saúde lamentam profundamente o falecimento do ex-vice-presidente da República José Alencar Gomes, nesta terça-feira (29). O Brasil sofre uma perda irreparável com a morte de um homem público da envergadura de José Alencar, que, para além da trajetória de empresário e político, inspirou todos os brasileiros com sua luta em favor da vida”.

Alexandre Padilha ministro da Saúde.

“O Ministério da Educação lamenta o falecimento do ex-vice-presidente José Alencar, ocorrido nesta terça-feira, 29. Alencar foi um exemplo de determinação na luta contra o câncer. Empresário com visão estratégica nos negócios, Alencar atuou na política em defesa do crescimento econômico do país. Em diversas ocasiões, o ex-vice-presidente se manifestou sobre a importância da educação para o desenvolvimento do Brasil. Foi defensor da educação pública de qualidade, da expansão e do fortalecimento da educação profissional.

Mineiro e empresário do setor têxtil, José Alencar Gomes da Silva tomou posse como vice-presidente no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2003″.

Ministério da Educação.

“É com pesar que recebemos a notícia do falecimento do vice-presidente José Alencar. É um grande brasileiro que morre, um brasileiro que se dedicou ao país, um grande lutador que deu um grande exemplo a todos os demais brasileiros.

Um homem que começou simples, conseguiu vencer, se tornou um grande empresário e, quando já poderia gozar a vida, resolveu ajudar a democracia brasileira, o povo brasileiro, entrando no política e trabalhando no governo Lula.

Ele engrandeceu o governo, ajudou o governo nas suas realizações e foi um grande companheiro de todas as horas, que vai ser lembrado por todos nós”.

Guido Mantega, ministro da Fazenda.

“O País perde uma figura com exemplar história de muita dedicação ao Brasil e à dignidade humana.

Maria do Rosário destacou a carreira ascendente de Alencar e a sua perseverança em enfrentar a doença, em cumprir a missão de ajudar a transformar o Brasil, ao lado do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Alencar de menino pobre se transforma num grande empresário, se transforma no vice-presidente da República. Mas acima de tudo se transforma em uma força para todos os brasileiros pela sua fé, pelo seu amor ao Brasil, pela sua defesa da nossa pátria.

Esse sentido humano é o que vai estar presente em todos nós ao homenagearmos José Alencar”.

Maria do Rosário, ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos.

“José Alencar sempre será lembrado como exemplo de integridade, trabalho pela sociedade, coerência política, força e amor a vida. É uma perda irreparável. José Alencar foi um dos políticos mais importantes do Brasil e prestou inestimáveis serviços à nossa pátria. Foi um verdadeiro exemplo para o povo brasileiro.”

Pedro Novais, ministro do Turismo

Do: Blog do Planalto

MORTE DE JOSÉ ALENCAR REPRESENTA PERDA IRREPARÁVEL AO BRASIL, DIZ MICHEL TEMER.


Ex-vice-presidente José Alencar, que morreu na tarde de hoje (29/3), em São Paulo, foi homenageado pela presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula, em janeiro de 2011.

Uma perda irreparável ao país. Foi assim que o presidente da República em exercício, Michel Temer, definiu a morte do ex-vice-presidente José Alencar, ocorrida às 14h41 de hoje (29/3), em São Paulo (SP). Em briefing à imprensa no Palácio do Planalto, Michel Temer afirmou que Alencar deixa ao Brasil um exemplo de luta e perseverança e que “enfrentou a doença com galhardia exemplar”. O governo federal decretou luto oficial de sete dias, afirmou Temer.

O presidente em exercício informou que o corpo de José Alencar chegará por volta de 8h30 desta quarta-feira (30/3) à Base Aérea de Brasília, onde será recebido com honras militares. De lá seguirá em carro aberto do Corpo de Bombeiros pelas vias de Brasília até chegar a rampa do Palácio do Planalto. O corpo será velado no Salão Nobre por ministros de Estado e outras autoridades e, em seguida, em horário a ser divulgado posteriormente, o velório será aberto à população.

Ainda segundo informações de Temer, a presidenta Dilma Rousseff, acompanhada do ex-presidente Lula, antecipará seu retorno de Portugal e chegará a Brasília entre 16h e 17h de amanhã para prestar sua última homenagem ao ex-vice-presidente. Ele disse também que a presidenta Dilma Rousseff conversou por telefone com o filho de José Alencar, Josué Silva, quando manifestou profundo pesar.

“O ex-vice-presidente Alencar receberá as honras fúnebres de chefe de Estado justificadamente porque ele exerceu a Presidência da República por quase um ano”, disse.

Temer encerrou suas palavras lamentando a perda de “uma figura expressiva tanto no mundo empresarial quanto no mundo político” e manifestou “além de seu pesar pessoal, o pesar de toda a nação brasileira”.

Do: Blog do Planalto

UM BRASIL DE LUTO - MORREU NESTA TERÇA-FEIRA, JOSE ALENCAR "EU NÃO TENHO MEDO DA MORTE, EU TENHO MEDO É DA DESONRA !"


Parecia que seria mais um dia comum e igual a todos os outros com guerras pelo mundo afora, assassinatos, desastres, o fim do Big Brother 11 e outros tantos episódios chatos e irritantes que acontecem todos os dias.

Todavia, não esperávamos acusar um duro golpe antes do dia terminar, quando veio então uma notícia que entristeceu o Brasil, a morte de JOSÉ ALENCAR Gomes da Silva, ex-vice-presidente da República.

Com perfil austero, enquanto ocupava a cadeira de ex-presidente da República Federativa do Brasil, sempre posicionou-se de forma coerente e questionadora, que o diga Guido Mantega...

Com uma doença que o levou a inúmeras cirugias, transmitia sempre um ar de esperança e fé, que comoveu todos os brasileiros.

Dizia quando indagado sobre a morte:

"Eu não tenho medo da morte, eu tenho medo é da desonra !"

O GRITO DO CIDADÃO não poderia deixar de homenagear este que não foi só um EX-VICE ..., foi gente, foi pessoa que sofreu e vimos sofrer, e sem pedir ..., oramos pela sua melhora independentemente de sua história ou dos seus cifrões, pois nós BRASILEIROS, não somos pacatos ou otários, somos HUMANOS.

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JIRAU USINA HIDRELÉTRICA - REVOLTA COM PANCADARIAS E PRISÕES


Causas da revolta dos trabalhadores da usina hidrelétrica envolvem “licenciosidade” federal e superexploração.

Em 15 de março, parte dos cerca de 22 mil trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, levantaram-se contra as péssimas condições de trabalho em que viviam. Mais do que isso. Muitos compreenderam que o consórcio Energia Sustentável do Brasil, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Suez e Eletro, estão lucrando às custas de sua exploração.

Na ocasião, dezenas de veículos foram incendiados e algumas instalações do canteiro de obras, depredadas. Praticamente todos os alojamentos foram incendiados. As obras estão paralisadas por tempo indeterminado. Uma assembleia já havia sido marcada para o dia 27 de março. Segundo os trabalhadores, o estopim foi a agressão, por parte de um motorista da empresa que transporta os funcionários, a um operário que fora impedido de embarcar porque não possuía autorização para deixar o canteiro. A situação, então, tornou-se incontornável. Por causa da manifestação, cerca de 35 trabalhadores foram presos.

“Vandalismo”

Emergem dúvidas, entretanto, sobre quem praticou o primeiro ato de “vandalismo”. “O funcionários nos relatam constantemente inúmeros desmaios por dia em plena obra, sendo que os ambulatórios não possuem médicos. E o pior: permanecem sob observação por dez minutos, e, depois, são obrigados a retornar ao trabalho”, revela a irmã Maria Ozânia da Silva, coordenadora da Pastoral do Migrante em Rondônia.

O transporte dos operários é de péssima qualidade. Segundo conta o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) em Rondônia, Océlio Muniz, aquele que perde um ônibus devido à lotação e chega atrasado na rodoviária de distribuição para os canteiros de obras perde o dia de serviço.

De acordo com ele, no almoço, que dura uma hora, todos se apressam para tomar o ônibus. Não há tempo para descanso. O mesmo acontece para quem perde o ônibus que retorna ao alojamento e é obrigado a andar por cerca de 7 quilômetros até o dormitório.

Em junho de 2010, um funcionário do setor de reciclagem de Jirau afirmou à reportagem do Brasil de Fato presente no local que o simples posicionamento de um trabalhador exigindo seus direitos, como a existência de instrumentos básicos de proteção, como máscaras, por exemplo, resultava em sua demissão ou perseguição.

“A falta de diálogo, o autoritarismo da empresa, isso tudo se reflete na violação dos direitos humanos tanto das comunidades atingidas quanto em relação aos operários”, critica irmã Maria Ozânia da Silva. Também existem relatos de trabalhadores que teriam sido agredidos por outros funcionários contratados pela Camargo Corrêa.

Direitos atacados

Não é de hoje que as empresas que constroem a Usina Hidrelétrica de Jirau – que faz parte do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – estão envolvidas em sérios ataques aos direitos trabalhistas.

Em setembro de 2009, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia e o Ministério Público do Trabalho libertou 38 pessoas que trabalhavam em condição análoga à escravidão para a BS Construtora, empresa terceirizada do consórcio dono da barragem que construía a Vila Nova Mutum, para onde serão transferidas as famílias que residem na área que será inundada.

A grande imprensa focaliza o “vandalismo” dos trabalhadores, mas pouco ou nada diz sobre os motivos da revolta que, para o sociólogo Luiz Fernando Novoa, professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), reside na “insistência em disciplinar e aferrar a mão de obra a cronogramas físico-financeiros autistas e irreais, com condições de trabalho degradantes, e através da repressão policialesca”.

Para Novoa, grande parte dos erros cometidos contra os trabalhadores está inscrita em dois equívocos maiores: na “licenciosidade” por parte do governo federal em relação à implementação das obras no rio Madeira e na busca das empresas pelo lucro imediato, atrelados a tais “cronogramas autistas” mesmo que o custo seja o desrespeito aos direitos dos barrageiros. “O governo federal, em nome da atratividade do negócio, afrouxou ao máximo a regulamentação e a fiscalização em todas as áreas afetadas devidos às obras (ambiental, trabalhista, urbanística, compensações sociais) e blindou política e juridicamente todo o processo de outorga, concessão e licenciamento”, destaca.

“Arranjo financeiro”

Novoa lembra que as hidrelétricas feitas na região amazônica devem ser extremamente flexíveis na sua implementação, oferecendo, nos leilões, tarifas reduzidas que justifiquem o risco nesse investimento. O consórcio Energia Sustentável do Brasil, que constrói Jirau, ofereceu, em leilão ocorrido em 2008, o preço de 71,40 reais por Mwh (megawatt-hora), um considerável deságio de 21,5%.

Quase um ano depois das rebeliões ocorridas na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, o sociólogo aprofunda a questão ao elucidar que o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira resulta de um arranjo financeiro, arquitetado pelo Ministério do Meio Ambiente (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e viabilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que premia a máxima antecipação da operação das usinas com a venda de 100% da energia, gerada antes do prazo contratual, no mercado livre.

“Impõe-se a etapa da construção nas margens mínimas de tempo e de custos e quem paga por isso são os trabalhadores, a população atingida e o meio ambiente. É preciso lembrar que o governo federal, ao defender a construção da Usina de Belo Monte, apresentava as usinas do Madeira como modelo de sustentabilidade e participação. Será esse o paradigma para a construção de novas grandes hidrelétricas na Amazônia?”, critica Novoa. Como ele disse ao Brasil de Fato em 2010, “a fatura está vindo de modo informal, por meio dessas rebeliões”.

Altair Donizete de Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), joga mais luz nessa situação. Ele lembra que a Camargo Corrêa não pagou a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que deveria ter sido repassada em novembro.“É dito cinquenta vezes por dia que a Usina de Jirau está um ano adiantada no cronograma, e a empresa não paga PLR porque diz que não teve lucro. Então, como fica a cabeça do trabalhador?”, conta.

O projeto da Usina Hidrelétrica de Jirau recebeu R$ 7,2 bilhões do BNDES. O salário médio dos funcionários é de R$ 1.500. Grosso modo, os gastos do consórcio com salários gira em torno de entre R$ 33 milhões e R$ 40 milhões. (com informações da Radioagência Notícias do Planalto).

De: Brasil de Fato

HIDRELÉTRICA JIRAU - IRREGULARIDADES TRABALHISTAS COM PROTEÇÃO ESTATAL


Mais de 20 mil trabalhadores seguem oprimidos pelos seus patrões e esquecidos pelas autoridades do país, em um quadro que nos remete a campos de concentração.

Isto se dá na Usina Hidrelétrica de Jirau (RO), a maior obra em andamento de um programa governamental - o PAC que, alguns dias atrás, já demonstrava sinais de saturação e de confrontos, pois grande número de trabalhadores puseram-se contra diversas questões, inclusive, péssimas condições de trabalho em que viviam, frente ao enorme lucro garantido pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil, constituido pelas empresas Camargo Corrêa, Suez e Eletro.

Assim sendo, o GRITO DO CIDADÃO disponibiliza este canal em defesa dos trabalhadores e em favor da solução pacífica e legal, sem esquecer a direta e principal responsabilidade do governo na condução da resolução do problema que ele gerou.

Abaixo, disponibilizamos matéria a respeito do assunto:

28/03/2011 - Jirau foi só o começo

Por Carlos Tautz

Sem condições adequadas de alojamento e ganhando salários de miséria, eles tocam fogo nos seus abrigos e só a intervenção da Força Nacional de Segurança, como sempre polícia para reprimir quem trabalha, suspendeu os protestos. Mais preocupado em começar logo a gerar energia para faturar, o consórcio que ganhou a concessão para construir a usina tratava de acelerar a obra. A qualquer preço.

Na mesma semana, descobre-se que outros projetos do PAC também enfrentam problemas de descumprimento da legislação trabalhista. É o caso das obras dos complexos portuários de Suape (PE) e Pecém (CE), além da usina São Domingos (MT). No Brasil, seriam pelo menos 82 mil trabalhadores em greve contra projetos privilegiados pelo dinheiro fácil e barato do BNDES. Uma equipe do banco visitou Jirau 20 dias antes dos conflitos, mas conseguiu não ver qualquer irregularidade.

Imediatamente, sindicalistas oficiais, os mesmos que há três anos defendiam Jirau e que há 15 dias foram entronizados em polpudos conselhos de estatais pela Presidenta da República, correm para amortecer a situação e propõem a criação de “conselhos de fábrica” (sic), aquela forma tradicional de se cooptarem mais sindicalistas oficiais. Outro sindicalista, que também é deputado federal, reconhece que as centrais não sabem lidar com... massas de trabalhadores!

Apesar de surpreendente, a situação de Jirau e das demais obras era esperável. No caso da usina rondoniense, o próprio Ibama recusava-se a emitir licenças devido à fragilidade dos estudos de impacto social e ambiental. Lula demitiu diretores do órgão para conseguir os documentos e agora se vê exatamente o que os técnicos previam e que o ex-presidente negava: dispararam os índices de violência em Rondônia devido à chegada de milhares de pessoas oriundas de ouras regiões, sem que tenham sido criadas as mínimas condições de moradia, acesso a serviços de saúde, saneamento etc. Além, é claro, do pagamento de salários de fome, porque o consórcio tem pressa para concluir Jirau.

Como se isso não bastasse, a área em que Jirau está sendo erguida é contígua à pelo menos quatro terras de indígenas que sequer foram contactados. Não se sabe de qualquer ação da Funai para atenuar os impactos da proximidade dessa massa de gente com os indígenas. Entretanto, ao que tudo indica, Jirau foi apenas o começo e o pior ainda está por vir.

Outra central sindical oficial, daquelas que não sabem lidar com trabalhadores, estima que no auge das construções para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 cerca de um milhão de operários estejam envolvidos em obras que têm tudo para repetir o grau de açodamento e irresponsabilidade do governo e das empreiteiras.

O esquema, já se sabe, será o mesmo: muito dinheiro público subsidiando a festa das construtoras e regras de concessão amolecidas - como já se diz que fará a Autoridade Olímpica, a ser presidida pelo esportivo ex-presidente do BC Henrique Meirelles. E o melhor (para os empreiteiros, lógico): prazos como sempre estourados, porque assim é que se constroem obras três, quatro vezes mais caras do que o previsto e com pouca ou nenhuma transparência.

STJ NÃO DECIDE SE CASAIS LGBTs PODEM DECLARAR O IR CONJUNTAMENTE


Diário Liberdade - [Luka Franca] A ação de proibição da inclusão do parceiro LGBTsna declaração do Imposto de Renda foi reencaminhada para a primeira instância pelo Superior Tribunal de Justiça(STJ), a ação teve entrada na 20ª Vara Federal do Distrito Federal pelos deputados federais Ronaldo Fonseca (PR/DF) e João Campos (PSDB/GO), porém foi encaminhada ao STJ sob a alegação de que a ação não poderia ser julgada pela 20ª Vara por tratar de um processo contra o ministro da Fazenda Guido Mantega, responsável por autorizar a inclusão de parceiros LGBTs na declaração de Imposto de Renda.

Para a primeira instância a regra constitucional determinaria que fosse incumbência do STJ julgar atos de ministros de Estado, porém para o ministro do STJ Carlos Meira como se trata de uma ação popular o foro privilegiado não se aplicaria, logo o ministro da Fazenda pode ser julgado pela 20ª Vara.

Com tal impasse junto ao judiciário federal a ação dos deputados continua sem efeito e casais LGBTs podem declarar o Imposto de Renda juntos.

ENCONTRADO GRUPO INDÍGENA AWÁ ISOLADO NO MARANHÃO


Em fevereiro deste ano, indígenas do povo Tenetehara/Guajajara tiveram contato com grupo isolado na Terra Indígena Araribóia.

As lideranças indígenas Edilsom, Alcides, Zezico e Luís Carlos, todos Tenetehara/Guajajara, informaram à equipe do Cimi Regional Maranhão que no final de fevereiro o indígena Clóvis Guajajara encontrou um jovem Awá, no centro (roça) próximo a aldeia Vargem Limpa, na terra indígena Araribóia, oeste do Maranhão.

Segundo os indígenas, no momento do encontro com o jovem este saiu correndo, mas em seguida retornou com seu grupo, composto de cinco integrantes. Além dessas cinco pessoas, havia outras que ficaram de longe a observar. Clóvis não soube dizer exatamente quantas pessoas eram, mas informou que havia jovens, crianças e idosos.

De acordo com os indígenas, houve uma tentativa de diálogo por parte de Clóvis, que não obteve sucesso. O grupo, que na negativa de conversas, retornou à mata, demonstrou mais uma vez a renúncia do povo Awá em fazer contato com outros indígenas.

O povo Awá, assim como diversos povos indígenas do país, continua ameaçado pela ação dos madeireiros, que agem impunemente na terra indígena Araribóia e que estão chegando cada vez mais próximo das aldeias do povo Guajajara. Numa ação desrespeitosa para com as comunidades indígenas, tais atividades têm colocado em risco a vida dos grupos Awá que vivem dentro do território, onde encontram caça e frutas em abundância.

Os Tenetehara/Guajajara estão preocupados e denunciam a ação dos madeireiros no estado. A região onde o grupo foi avistado é um dos últimos lugares que não tinha a ação predatória dos madeireiros, rica em recursos naturais indispensáveis para a sobrevivência dos Awá, como também dos Guajajara. Segundo os indígenas, a região é composta de árvores de grande porte, a mata nativa, riqueza hoje ameaçada pelas atividades madeireiras.

Os indígenas denunciam ainda omissão da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ibama em relação à depredação das terras indígenas pelos madeireiros, velhos conhecidos na região. De acordo com eles, houve um aumento significativo da presença de madeireiros que entram dia e noite na terra, destruindo os últimos recursos naturais onde vivem os grupos Awá, povo com grupos isolados e outros de recente contato.

De: Conselho Indigenista Missionário - CIMI

REFLEXÕES DE FIDEL CASTRO - A GUERRA FACISTA DA OTAN


No había que ser adivino para saber lo que preví con rigurosa precisión en tres Reflexiones que publiqué en el sitio Web CubaDebate, entre el 21 de febrero y el 3 de marzo: “El plan de la OTAN es ocupar Libia”, “Danza macabra de cinismo”, y “La Guerra inevitable de la OTAN”.

Ni siquiera los líderes fascistas de Alemania e Italia fueron tan sumamente descarados a raíz de la Guerra Civil Española desatada en 1936, un episodio que muchos tal vez hayan recordado en estos días.

Han transcurrido desde entonces casi exactamente 75 años; pero nada que pueda parecerse a los cambios que han tenido lugar en 75 siglos, o si lo desean, en 75 milenios de la vida humana en nuestro planeta.

A veces parece que, quienes serenamente opinamos sobre estos temas, somos exagerados. Me atrevería a decir que más bien somos ingenuos cuando suponemos que todos debiéramos estar conscientes del engaño o la colosal ignorancia a que ha sido arrastrada la humanidad.

Existía en 1936 un intenso enfrentamiento entre dos sistemas y dos ideologías aproximadamente equiparadas en su poder militar.

Las armas entonces parecían de juguete comparadas con las actuales. La humanidad tenía garantizada la supervivencia, a pesar del poder destructivo y localmente mortífero de las mismas. Ciudades enteras, e incluso naciones, podían ser virtualmente arrasadas. Pero jamás los seres humanos, en su totalidad, podían ser varias veces exterminados por el estúpido y suicida poder desarrollado por las ciencias y las tecnologías actuales.

Partiendo de estas realidades, son bochornosas las noticias que se transmiten continuamente sobre el empleo de potentes cohetes dirigidos por láser, de total precisión; cazabombarderos que duplican la velocidad del sonido; potentes explosivos que hacen estallar metales endurecidos con uranio, cuyo efecto sobre los pobladores y sus descendientes perdura por tiempo indefinido.

Cuba expuso en la reunión de Ginebra su posición respecto al problema interno de Libia. Defendió sin vacilar la idea de una solución política al conflicto en ese país, y se opuso categóricamente a cualquier intervención militar extranjera.
En un mundo donde la alianza de Estados Unidos y las potencias capitalistas desarrolladas de Europa, se adueña cada vez más de los recursos y el fruto del trabajo de los pueblos, cualquier ciudadano honesto, sea cual fuere su posición ante el gobierno, se opondría a la intervención militar extranjera en su Patria.

Lo más absurdo de la situación actual es que antes de iniciarse la brutal guerra en el Norte de África, en otra región del mundo a casi 10 000 kilómetros de distancia, se había producido un accidente nuclear en uno de los puntos más densamente poblados del planeta tras un tsunami provocado por un terremoto de magnitud 9 que a un país laborioso como Japón ha costado ya casi 30 mil víctimas fatales. Tal accidente no habría podido producirse 75 años antes.

En Haití, un país pobre y subdesarrollado, un terremoto de apenas 7 grados en la escala de Richter ocasionó más de 300 mil muertos, incontables heridos y cientos de miles de lesionados.

Sin embargo, lo terriblemente trágico en Japón fue el accidente en la planta electronuclear de Fukushima, cuyas consecuencias están todavía por determinarse.
Citaré solo algunos titulares de las agencias noticiosas:

“ANSA.- La central nuclear de Fukushima 1 está difundiendo “radiaciones extremadamente fuertes, potencialmente letales”, dijo Gregory Jaczko, jefe de la Nuclear Regulatory Commission (NRC), el ente nuclear estadounidense.”

“EFE.- La amenaza nuclear por la crítica situación de una central en Japón tras el sismo, ha disparado las revisiones de la seguridad de las plantas atómicas en el mundo y ha llevado a algunos países a paralizar sus planes.”

“Reuters.- El devastador terremoto de Japón y la profundización de la crisis nuclear podría generar pérdidas de hasta 200.000 millones de dólares en su economía, pero el impacto global es difícil de evaluar por el momento.”

“EFE.- El deterioro de un reactor tras otro en la central de Fukushima siguió alimentando hoy el temor a un desastre nuclear en Japón, sin que los desesperados intentos para controlar una fuga radiactiva abrieran un resquicio a la esperanza.”

“AFP.- Emperador Akihito expresa preocupación por el carácter imprevisible de la crisis nuclear que golpea a Japón tras el sismo y el tsunami que mataron a miles de personas y dejaron a 500.000 sin hogar. Reportan nuevo terremoto en la región de Tokio.”

Hay despachos que hablan de temas más preocupantes todavía. Algunos mencionan la presencia de yodo radiactivo tóxico en el agua de Tokio, que duplica la cantidad tolerable que pueden consumir los niños más pequeños en la capital japonesa. Uno de los despachos habla que las reservas de agua embotellada se están agotando en Tokio, ciudad ubicada en una prefectura a más de 200 kilómetros de Fukushima.

Este conjunto de circunstancias determinan una situación dramática para nuestro mundo.

Puedo expresar mis puntos de vista sobre la guerra en Libia con entera libertad.
No comparto con el líder de ese país concepciones políticas o de carácter religioso. Soy marxista-leninista y martiano, como ya he expresado.

Veo a Libia como un miembro del Movimiento de Países No Alineados y un Estado soberano de los casi 200 de la Organización de Naciones Unidas.

Jamás un país grande o pequeño, en este caso de apenas 5 millones de habitantes, fue víctima de un ataque tan brutal por la fuerza aérea de una organización belicista que cuenta con miles de cazabombarderos, más de 100 submarinos, portaaviones nucleares, y suficiente arsenal para destruir numerosas veces el planeta. Tal situación jamás la conoció nuestra especie y no existía nada parecido hace 75 años cuando los bombarderos nazis atacaron objetivos en España.

Ahora, sin embargo, la desprestigiada y criminal OTAN escribirá una “bella” historieta sobre su “humanitario” bombardeo.

Si Gaddafi hace honor a las tradiciones de su pueblo y decide combatir, como ha prometido, hasta el último aliento junto a los libios que están enfrentando los peores bombardeos que jamás sufrió un país, hundirá en el fango de la ignominia a la OTAN y sus criminales proyectos.

Los pueblos respetan y creen en los hombres que saben cumplir el deber.
Hace más de 50 años, cuando Estados Unidos asesinó a más de cien cubanos con la explosión del mercante “La Coubre”, nuestro pueblo proclamó “Patria o Muerte”. Ha cumplido, y ha estado siempre dispuesto a cumplir su palabra.

“Quien intente apoderarse de Cuba -exclamó el más glorioso combatiente de nuestra historia- solo recogerá el polvo de su suelo anegado en sangre”.

Ruego se me excuse la franqueza con que abordo el tema.

Fidel Castro Ruz
Marzo 28 de 2011
8 y 14 p.m.

De: CUBADEBATE

segunda-feira, 28 de março de 2011

RICARDO GAMA - TENTARAM MATAR A TIROS A LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Sempre ALERTA !!!, o GRITO DO CIDADÃO ainda aguarda respostas das autoridades para conhecer os culpados pela extrema covardia praticada contra um CIDADÃO BRASILEIRO, pois independente da cor, do sexo, da ideologia ..., estamos todos unidos numa corrente de fé e esperança, para que crimes dessa espécie sejam os únicos a serem exterminados no país.

A propósito, não entraremos na construção de possibilidades quanto aos reais culpados, todavia, não deixaremos cair no esquecimento tal episódio macabro.

Visite seu Blogger: ricado-gama.blogspost.com

Por fim, agradecemos os comentários produzidos, quando da publicação da matéria: O ESTADO DE SAÚDE DO BLOGUEIRO RICARDO GAMA AINDA É GRAVE, afirmando que estamos afinados com as manifestações escritas.

O ESTADO DE SAÚDE DE RICARDO GAMA - HOJE - 28/03/20011

A assessoria de imprensa do Hospital Copa D’or, em Copacabana, Zona sul, informou que o blogueiro Ricardo Gama sofrerá uma cirurgia nesta segunda-feira para fixar o osso maxilar da face. A estimativa é de que o procedimento dure cerca de duas horas.

Ricardo está internado no Centro de Terapia intensiva da unidade desde a última quarta-feira, quando foi atingido por três tiros na Rua Santa Clara, uma das principais do bairro. De acordo com o último boletim médico, seu estado de saúde apresenta evolução e ele já é capaz de caminhar com a ajuda dos fisioterapeutas. Até o momento, porém, não há previsão de alta.

Segundo testemunhas, um homem em um carro prata efetuou os disparos contra Ricardo e fugiu em alta velocidade. A polícia acredita que Ricardo pode ter sido vítima de um atentado por conta dos artigos que escreve em sua página na rede.

Blogueiro já consegue andar com ajuda de fisioterapeutas. Foto: Reprodução/YoutubeEm agosto do ano passado, o blogueiro divulgou um vídeo em que o governador Sérgio Cabral e o ex-presidente Lula aparecem, supostamente, ofendendo um adolescente na inauguração de uma obra próxima à favela de Manguinhos, na Zona Norte.

O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídio (DH), localizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

Do: Jornal do Brasil

JOSÉ COMBLIN - ADEUS GUERREIRO PADRE !!!



O GRITO DO CIDADÃO, nesta manhã de segunda-feira (28.03.2011), vem homenagear a Vida e Obra de um GUERREIRO PADRE que, lamentavelmente fez a sua passagem no dia de ontem.

JOSE COMBLIN - UM GUERREIRO, Nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1923. Ordenou-se sacerdote em 1947. É doutor em Teologia pela Universidade Católica de Louvain.

Trabalhou na América Latina desde 1958. Desembarcou em Campinas, estado de São Paulo, onde lecionou Química e Física para o curso colegial. Posteriormente foi assessor da Juventude Operária Católica, tornando-se professor da Escola Teológica dos Dominicanos em São Paulo, tendo como alunos Frei Betto e Frei Tito. Aí permaneceu até 1962. A seguir lecionou na Faculdade de Teologia do Chile até 1965. A convite de D. Hélder Câmara, foi para Recife, onde foi professor do Instituto de Teologia do Recife. A partir de 1969 esteve à frente da criação de seminários rurais em Pernambuco e na Paraíba. A metodologia utilizada para os seminários era adaptada ao ambiente social dos seminaristas. Esta experiência lançou as bases para a Teologia da Enxada. Suas idéias o colocaram sob suspeita do regime militar. Foi expulso do Brasil em 1971. Exilou-se no Chile durante 8 anos, onde também esteve à frente da criação de um seminário em Talca, em 1978. Em seu livro A Ideologia da Segurança Nacional, publicado em 1977, destrinchou a doutrina que servia de base para os regimes militares na América Latina. Foi expulso por Pinochet em 1980. De volta ao Brasil, radicou-se em Serra Redonda (Paraíba), onde fundou um seminário rural e esteve à frente da formação de animadores de comunidades eclesiais de base. A metodologia para os seminários foi aprovada pelo papa Paulo VI. No pontificado de João Paulo II, tal metodologia foi desaprovada e por isso encerrada.

Criou vários movimentos missionários leigos: Missionários do Campo (1981), Missionárias do Meio Popular (1986), Missionários de Juazeiro da Bahia (1989), na Paraíba (1994) e em Tocantins (1997).

Teólogo de vasta experiência, lecionou no Equador, Chile e Brasil. Sua obra é vasta e polêmica. Atualmente é considerado um dos maiores expoentes da teologia da libertação vivendo no Brasil. Residiu há vários anos no sertão do Estado da Paraíba.

DA RÁDIO VATICANO:

Salvador, 28 mar (RV) - O teólogo Padre José Comblin, de 88 anos, morreu na manhã deste domingo, 27, no interior da Bahia, onde ministrava um curso para comunidades de base. Segundo Padre José Oscar Beozzo, Padre Comblin levantou-se cedo, tomou banho, aprontou-se, mas não apareceu para a oração da manhã. Procuram-no e o encontraram-no sentado no quarto e já morto.

“Perdemos um mestre e um guia inquieto e exigente como os velhos profetas, denunciando sempre nossas incoerências na fidelidade aos preferidos de Deus: o pobre, o órfão, a viúva, o estrangeiro. Trabalhou por uma Igreja profética a serviço destes últimos nas nossas sociedades” - lamenta padre Beozzo.

Ele estava escrevendo um livro sobre a relação entre religião e Evangelho. Atualmente morava em Barra, na Bahia.

Seu corpo é velado hoje em Salvador, e de acordo com vontade manifestada aos amigos, Padre Comblin será sepultado no Santuário do Padre Ibiapina, localizado em Santa Fé, povoado que faz parte do município de Solânea, na Paraíba.


DE: CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO - CIMI

27/03/2011 - 23:25 - ADEUS MEDELLIN !!!

JOSÉ COMBLIN: migrante, guerreiro, teólogo

Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço de Jacó, num terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José” (cf. Jo 4,5s). Este foi o Evangelho que José Comblin preparava para celebrar a Missa deste 3º Domingo da Quaresma (27.3.2012). Comblin estava de passagem em Simões Filho, município logo ao lado de Salvador (BA), para fazer uma revisão de seu estado de saúde e assessorar um grupo de base. José Comblin, um poço de sabedoria, morreu sentado, junto ao poço de Jacó - a vida toda ao lado de Jesus conversando com a Samaritana, a excluída do templo, da sociedade machista e do pretório.

O templo e o pretório nunca lhe perdoaram essa proximidade à Samaritana. O fizeram refugiado em Talca (Chile), Riobamba (Equador) e, por fim, no Brasil, em Barra (BA), no sertão da Bahia, onde o profeta franciscano D. Luiz Cappio, o confessor Jose Comblin e a samaritana leiga Mônica constituíram uma comunidade teológico-pastoral.

Comblin marcava anualmente presença em nosso curso de pós-graduação em Missiologia. Provocava os estudantes com sua “Teologia da Enxada”, com sua ênfase ao laicato, com seu espírito libertário, com sua radicalidade missionária e autenticidade vivencial. Comblin sempre soube que vale virar esse mundo, viver e lutar de paixão. No terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José, Comblin era posseiro militante. De cavernas remotas trouxe notícias de vida e sobreviventes. Lutou quando era fácil ceder. Quantas lutas teve que assumir por um poço de paz!

Congresso 40 anos de Medellín, 22.8.2008 em Medellín

Em Medellín, no Congresso dos 40 anos da “Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano”, em 2008, encontrei Comblin uma última vez. Depois de sua palestra, um aceno significativo que parecia dizer: adeus Medellín, adeus companheiros e companheiras. Hoje, dia 27 de março, José Comblin morreu aos 88 anos numa hospedaria de Simões Filho (BA). No brasão desta cidade está escrito: Angelus Pacis, anjo da paz. Que o anjo da paz ampare nosso guerreiro na grande travessia!

Paulo Suess (Assessor Teológico do Cimi)

domingo, 27 de março de 2011

REFLEXÕES DE FIDEL - ENTRE A EMIGRAÇÃO E O CRIME




Nesta nova Reflexão, o comandante da Revolução cubana, Fidel Castro, aborda o complexo problema do tráfico de drogas e o fluxo migratório de países latino-americanos, especialmente da América Central, para os Estados Unidos. E discorre sobre as posições assumidas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em sua última viagem a El Salvador, vejamos então:

"Os latino-americanos não são criminosos natos nem inventaram as drogas.

Os Aztecas, os Mayas e outros grupos humanos pré-colombianos do México e da América Central, por exemplo, eram excelentes agricultores e nem sequer conheciam o cultivo da coca.

Os Quechuas e Aymaras foram capazes de produzir nutritivos alimentos em perfeitos terraços que acompanhavam as curvas de nível das montanhas. Em planaltos que às vezes ultrapassavam os três e quatro mil metros de altura, cultivavam a quinua, um cereal rico em proteínas, e a batata.

Conheciam e cultivavam também a planta de coca, cujas folhas mastigavam desde tempo imemoriais para mitigar o rigor das alturas. Tratava-se de um costume milenar que os povos praticam com produtos como o café, o tabaco, a aguardente e outros.

A coca era originária dos abruptos declives dos Andes amazônicos. Seus povoadores a conheciam desde muito antes do Império Inca, cujo território, em seu máximo esplendor, se estendia no espaço atual do sul da Colômbia, todo o Equador, Peru, Bolívia, o leste do Chile e o noroeste da Argentina, que somava cerca de dois milhões de quilômetros quadrados.

O consumo da folha de coca se converteu em privilégio dos imperadores Incas e da nobreza nas cerimônias religiosas.

Com o desaparecimento do Império depois da invasão espanhola, os novos senhores estimularam o hábito tradicional de mastigar a folha para aumentar as horas de trabalho da mão de obra indígena, um direito que perdurou até que a Convenção Única sobre Entorpecentes proibiu o uso da folha de coca, exceto com finalidades médicas ou científicas.

Quase todos os países a assinaram. Pouco se discutia qualquer tema relacionado com a saúde. O tráfico de cocaína não alcançava então a enorme magnitude atual. Nos anos transcorridos se criaram gravíssimos problemas que exigem análises profundas.

Sobre o espinhoso tema da relação entre a droga e o crime organizado a própria ONU afirma delicadamente que “A América Latina é ineficiente no combate ao crime.”

A informação que distintas instituições publicam varia devido a que o assunto é sensível. Os dados às vezes são tão complexos e variados que podem induzir à confusão. Do que não cabe a menor dúvida é que o problema se agrava aceleradamente.

Há quase um mês e meio, em 11 de fevereiro de 2011, um informe publicado na Cidade do México pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça desse país, oferece interessantes dados sobre as 50 cidades mais violentas do mundo, pelo número de homicídios ocorridos no ano de 2010. Nele se afirma que o México reúne 25% delas. Pelo terceiro ano consecutivo a número um é Cidade Juárez, na fronteira com os Estados Unidos.

Em seguida o informe expõe que “…naquele ano a taxa de homicídios dolosos de Juárez foi 35% superior à de Kandahar, no Afeganistão ― a número dois no ranking― e 941% superior à de Bagdá…”, quer dizer, quase dez vezes superior à capital do Iraque, cidade que ocupa o 50º lugar da lista.

Quase de imediato acrescenta que a cidade de San Pedro Sula, em Honduras, ocupa o terceiro lugar com 125 homicídios por cada 100 mil habitantes, sendo superada apenas por Ciudad Juárez, no México, com 229, e Kandahar, Afeganistão, com 169.

Tegucigalpa, Honduras, ocupa o sexto lugar, com 109 homicídios por cada 100 mil habitantes.

Deste modo, pode-se avaliar que Honduras, da base aérea ianque de Palmerola, onde se produziu um golpe de Estado já sob a presidência de Obama, tem duas cidades entre as seis em que se produzem mais homicídios no mundo. Cidade da Guatemala alcança 106.

De acordo com o referido informe, a cidade colombiana de Medelin, com 87,42, figura também entre as mais violentas da América e do mundo.

O discurso do presidente norte-americano Barack Obama em El Salvador e sua posterior coletiva de imprensa, me levaram ao dever de publicar estas linhas sobre o tema.

Na Reflexão de 21 de março critiquei sua falta de ética ao não mencionar no Chile sequer o nome de Salvador Allende, um símbolo de dignidade e valentia para o mundo, que morreu em consequência do golpe de Estado promovido por um presidente dos Estados Unidos.

Como sabia que no dia seguinte visitaria El Salvador, um país centro-americano símbolo das lutas dos povos de nossa América que mais sofreu como consequência da política dos Estados Unidos em nosso hemisfério, disse: “Ali terá que inventar bastante, porque nessa nação centro-americana irmã, as armas e os treinadores que recebeu dos governos de seu país derramaram muito sangue.”

Desejava-lhe boa viagem e “um pouco mais de sensatez.” Devo admitir que em seu longo périplo, foi um pouco mais cuidadoso no último trecho.

O Monsenhor Oscar Arnulfo Romero era um homem admirado por todos os latino-americanos, crentes ou não, assim como os sacerdotes jesuítas covardemente assassinados pelos esbirros que os Estados Unidos treinaram, apoiaram e armaram até os dentes. Em El Salvador, a FMLN, organização militante de esquerda, travou uma das lutas mais heróicas de nosso continente.

O povo salvadorenho deu a vitória ao partido que emergiu do seio desses gloriosos combatentes, cuja história profunda não é ainda o momento de construir.

O que urge é enfrentar o dramático dilema que vive El Salvador, do mesmo modo que o México, o resto da América Central e a América do Sul.

O próprio Obama expressou que cerca de 2 milhões de salvadorenhos vivem nos Estados Unidos, o que equivale a 30% da população daquele país. A brutal repressão desencadeada contra os patriotas e o saque sistemático de El Salvador, imposto pelos Estados Unidos, obrigou centenas de milhares de salvadorenhos a emigrar para esse território.

O novo é que, à desesperada situação dos centro-americanos, une-se o fabuloso poder dos bandos terroristas, as sofisticadas armas e a demanda de drogas, originadas pelo mercado dos Estados Unidos.

O presidente de El Salvador em breve discurso que precedeu ao do visitante, expressou textualmente: “Insisti que o tema do crime organizado, o narcotráfico, a insegurança cidadã não é um tema que ocupe somente El Salvador, Guatemala, Honduras ou Nicarágua e nem sequer México ou Colômbia; é um tema que nos ocupa como região, e nesse sentido estamos trabalhando na construção de uma estratégia regional, através da Iniciativa CARFI.”

“… insisti em que este é um tema que não só deve ser abordado desde a perspectiva da perseguição ao delito, através do fortalecimento de nossas polícias e nossos exércitos, mas também dando ênfase às políticas de prevenção do delito e que, portanto, a melhor arma para combater em si a delinquência na região é investindo em políticas sociais.”

Em sua resposta o mandatário norte-americano disse: “O presidente Funes se comprometeu a criar mais oportunidades econômicas aqui em El Salvador para que as pessoas não sintam que devem tomar o rumo do norte para manter sua família.”

“Sei que isto é especialmente importante para os aproximadamente 2 milhões de salvadorenhos que estão vivendo e trabalhando nos Estados Unidos.”

“…pus o presidente a par das novas medidas de proteção ao consumidor que promulguei, que proporcionam às pessoas mais informação e asseguram que suas remessas cheguem efetivamente aos seus entes queridos em casa.

“Hoje, também estamos lançando um novo esforço para fazer frente aos narcotraficantes e bandos que têm causado tanta violência em todos os países, especialmente aqui na América Central.”

“…dedicaremos 200 milhões de dólares a apoiar os esforços aqui na região, o que inclui fazer frente [...] às forças sociais e econômicas que impulsionam os jovens para a criminalidade. Ajudaremos a reforçar os tribunais, os grupos da sociedade civil e as instituições que defendem o Estado de direito.”

Não necessito de nem mais uma palavra para expressar a essência de uma situação dolorosamente triste.

A realidade é que muitos jovens centro-americanos têm sido levados pelo imperialismo a cruzar uma rígida e cada vez mais intransponível fronteira, ou prestar serviços nos bandos milionários dos narcotraficantes.

Não seria mais justo ― me pergunto ― uma Lei de Ajuste para todos os latino-americanos, como a que se inventou para castigar Cuba há quase meio século? Continuará crescendo até o infinito o número de pessoas que morrem cruzando a fronteira dos Estados Unidos e as dezenas de milhares que já estão morrendo a cada ano nos povos aos quais você oferece uma “Aliança Igualitária”"?


Fidel Castro Ruz
25 de março de 2011, 20h46
Fonte: Cubadebate
Tradução de José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho

sábado, 26 de março de 2011

PRESIDENTE DO CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO - DOM ERWIN KRAUTLER APRESENTOU DENÚNCIA CONTRA A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE




Na tarde do dia 25 de março do corrente ano, dom Erwin Kräutler, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e bispo do Xingu (PA) entregou à vice-procuradora Geral da República e procuradora Geral em exercício, doutora Deborah Duprat, representação denunciando irregularidades que margeiam o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte. Entre as denúncias está a utilização de má fé do conteúdo das reuniões informativas realizadas com as comunidades indígenas ameaçadas pela UHE, convertendo-as em falsas oitivas indígenas.

De acordo com o cacique Zé Carlos Arara, o grupo assinou a ata do encontro justamente para comprovar que não era oitiva indígena, para provar que era uma reunião de fechamento de um trabalho realizado junto com a comunidade. No entanto, o governo prova mais uma vez seus desmandos, propalando, provavelmente com base nesses documentos, ter realizado as oitivas junto aos povos indígenas da região.

O documento foi entregue naquela tarde do dia 25.03.2011, na Procuradoria Geral da República.

Carta aberta

Dom Erwin emitiu carta aberta à opinião pública nacional e internacional, denunciando esta e outras irregularidades que envolvem o empreendimento previsto para ser construído no rio Xingu, Pará.

Além das falsas oitivas indígenas realizadas pelo governo, o documento revela a preocupação e questionamentos em relação à obra, que trará impactos a diversas comunidades indígenas, ribeirinhas e camponesas da região.

A obra atingirá, especialmente, os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Muitos moradores dessas localidades ficarão sem água em decorrência da redução do volume hídrico; a população crescerá mais que 100%. Altamira tem atualmente uma população de 105 mil pessoas. Como ficará o acesso a serviços básicos de saúde, educação, segurança e saneamento básico com a duplicação desse número?

Para dom Erwin, nenhuma 'condicionante' será capaz de justificar a UHE Belo Monte. "Jamais aceitaremos esse projeto de morte. Continuaremos a apoiar a luta dos povos do Xingu contra a construção desse monumento à insanidade”, afirma.

Abaixo, O GRITO DO CIDADÃO disponibiliza aos seus leitores, documento em forma de Carta Aberta à opinião pública nacional e internacional emitida pelo Bispo do Xingu, para que tomem conhecimento, divulguem e comentem sobre o assunto, pois o Povo Brasileiro precisa deixar de ser "INOCENTE ÚTIL" e "MOEDA DE BARGANHA" na mão de politiqueiros e de projetos governamentais escusos:

Dom Erwin Krautler
Bispo do Xingu e Presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Carta aberta de Dom Erwin Kräutler à Opinião Pública Nacional e Internacional


Venho mais uma vez manifestar-me publicamente em relação ao projeto do Governo Federal de construir a Usina Hidrelétrica Belo Monte cujas consequências irreversíveis atingirão especialmente os municípios paraenses de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e os povos indígenas da região.

Como Bispo do Xingu e presidente do Cimi, solicitei uma audiência com a Presidente Dilma Rousseff para apresentar-lhe, à viva voz, nossas preocupações, questionamentos e todos os motivos que corroboram nossa posição contra Belo Monte. Lamento profundamente não ter sido recebido.

Diferentemente do que foi solicitado, o Governo me propôs um encontro com o Ministro de Estado da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. No entanto, o Senhor Ministro declarou na última quarta-feira, 16 de março, em Brasília, diante de mais de uma centena de lideranças sociais e eclesiais, participantes de um Simpósio Sobre Mudanças Climáticas que "há no governo uma convicção firmada e fundada que tem que haver Belo Monte, que é possível, que é viável... Então, eu não vou dizer prá Dilma não fazer Belo Monte, porque eu acho que Belo Monte vai ter que ser construída”.

Esse posicionamento evidencia mais uma vez que ao Governo só interessa comunicar-nos as decisões tomadas, negando-nos qualquer diálogo aberto e substancial. Assim, uma reunião com o Ministro de Estado Gilberto Carvalho não faz nenhum sentido, razão pela qual resolvi declinar do convite.

Nestes últimos anos não medimos esforços para estabelecer um canal de diálogo com o Governo brasileiro acerca deste projeto. Infelizmente, constatamos que esse almejado diálogo foi inviabilizado já desde o início. As duas audiências realizadas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 19 de março e 22 de julho de 2009, não passaram de formalidades. Na segunda audiência, o ex-presidente nos prometeu que os representantes do setor energético, com brevidade, apresentariam uma resposta aos bem fundamentados questionamentos técnicos feitos à obra pelo Dr. Célio Bermann, professor do curso de pós-graduação em energia do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo. Essa resposta nunca foi dada, como também nunca foram levados em conta os argumentos técnicos contidos na Nota Pública do Painel de Especialistas, composto por 40 cientistas, pesquisadores e professores universitários.

Observamos, pelo contrário, na sequência a essas audiências, que técnicos do Ibama reclamaram estar sob pressão política para concluir com maior rapidez os seus pareceres e emitir a Licença Prévia para a construção da usina. Tais pressões políticas são de conhecimento público e motivaram, inclusive, a demissão de diversos diretores e presidentes do órgão ambiental oficial. Em seguida, foi concedida uma "Licença Específica", não prevista na legislação ambiental brasileira, para a instalação do canteiro de obras.

No dia 8 de fevereiro de 2011, povos indígenas, ribeirinhos, pequenos agricultores e representantes de diversas organizações da sociedade realizaram uma manifestação pública em frente ao Palácio do Planalto. Na ocasião, foi entregue um abaixo-assinado contrário à obra, contendo mais de 600 mil assinaturas. Embora houvessem solicitado uma audiência com bastante antecedência, não foram recebidos pela Presidente. Conseguiram apenas entregar ao ministro substituto da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sottili, uma carta em que apontaram uma série de argumentos para justificar o posicionamento contrário à obra. O ministro prometeu mais uma vez o diálogo e considerou a carta"um relato que prezo, talvez um dos mais importantes da minha relação política no Governo (...) vou levar este relato, esta carta, este manifesto de vocês, os reclamos de vocês...". Até o momento, nenhuma resposta!

As quatro audiências - realizadas em Altamira, Brasil Novo, Vitória do Xingu e Belém- não passaram de mero formalismo para chancelar decisões já tomadas pelo Governo e cumprir um protocolo. A maioria da população ameaçada não conseguiu se fazer presente. Pessoas contrárias à obra que conseguiram chegar aos locais das audiências não tiveram oportunidade real de participação e manifestação, devido ao descabido aparato bélico montado pela Polícia.

Até o presente momento, os índios não foram ouvidos. As "oitivas" indígenas não aconteceram. Algumas reuniões foram realizadas com o objetivo de informar os índios sobre a Usina. Os indígenas que fizeram constar em ata sua posição contrária à UHE Belo Monte foram tranquilizados por funcionários da Funai que as "oitivas" seriam realizadas posteriormente. Para surpresa de todos nós, as atas das reuniões informativas foram publicadas pelo Governo de maneira fraudulenta em um documento intitulado "Oitivas Indígenas". Esse fato foi denunciado pelos indígenas que participaram das reuniões. Com base nestas denúncias, peticionamos à Procuradoria Geral da República investigação e tomada de providências cabíveis.

A tese defendida pelo Sr. Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de que as aldeias indígenas não serão afetadas pela UHE Belo Monte, por não serem inundadas, é mera tentativa de confundir a opinião pública. Ocorrerá justamente o contrário: os habitantes, tanto nas aldeias como na margem do rio, ficarão praticamente sem água, em decorrência da redução do volume hídrico. Ora, esses povos vivem da pesca e da agricultura familiar e utilizam o rio para se locomover. Como chegarão a Altamira para fazer compras ou levar doentes, quando um paredão de 1.620 metros de comprimento e de 93 metros de altura for erguido diante deles?

Julgo fundamental esclarecer que não há nenhum estudo sobre o impacto que sofrerão os municípios à jusante, Senador José Porfírio e Porto de Moz, como também sobre a qualidade da água do reservatório a ser formado. Qual será o futuro de Altamira, com uma população atual de 105 mil habitantes, ao ser transformada numa península margeada por um lago podre e morto? Os atingidos pela barragem de Tucuruí tiveram que abandonar a região por causa de inúmeras pragas de mosquitos e doenças endêmicas. Mas os tecnocratas e políticos que vivem na capital federal, simplesmente menosprezam a possibilidade de que o mesmo venha a acontecer em Altamira.

Alertamos a sociedade nacional e internacional que Belo Monte está sendo alicerçada na ilegalidade e na negação de diálogo com as populações atingidas, correndo o risco de ser construída sob o império da força armada, a exemplo do que vem ocorrendo com a Transposição das águas do rio São Francisco, no nordeste do país.

O Governo Federal, no caso da construção da UHE Belo Monte, será diretamente responsável pela desgraça que desabará sobre a região do Xingu e sobre toda a Amazônia.

Por fim, declaramos que nenhuma "condicionante” será capaz de justificar a UHE Belo Monte. Jamais aceitaremos esse projeto de morte. Continuaremos a apoiar a luta dos povos do Xingu contra a construção desse "monumento à insanidade”.

Brasília, 25 de março de 2011.

Dom Erwin Kräutler
Bispo do Xingu e Presidente do Cimi – Conselho Indigenista Missionário.

[Fonte: Cimi - Conselho Indigenista Missionário].

PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO - ANGRA 2 - SEM AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÃO HÁ UMA DÉCADA



Ao acusar recebimento de relatório expedido pelas associações de servidores dos principais órgãos afetos ao programa (CNEN e Ipen), com denúncias contra membros da cúpula do programa nuclear brasileiro, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante requereu imediata investigação interna.

Após alguns dias do pedido de investigação e avaliando as circuntâncias ao redor do tema, o Ministro Mercadante percebeu a gravidade do caso e demitirá o Sr. Odair Dias Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM), e simultaneamente, toda a direção daquele órgão.

Viajandão..., o Sr. Gonçalves sofre fortes críticas administrativas sobre o suposto excesso de viagens internacionais e também sobre nomeações de amigos para cargos de chefias.

Segundo informações dos servidores, o Sr. Odacir Gonçalves é responsável pelo atraso no licenciamento da usina de Caetité que paralisou a extração de urânio, obrigando o Brasil a adquirir no Exterior mais de duzentas toneladas do minério ao custo aproximado de 40 milhões de reais.

Aos olhos do ministro Mercadante, tal constrangimento se dá pelo fato do Brasil ser uma das maiores reservas de urânio do planeta.

Porém, Caetité é apenas um dos casos a serem investigados e melhor administrado, haja vista a complexidade e fragilidade em que o nosso programa nuclear brasileiro experimenta, pois 04 (quatro) reatores nucleares utilizados para pesquisas funcionam sem a devida e necessária licença, pois os seus processos de certificações foram literalmente engavetados pelo presidente da CNEM e por seu diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear - Laércio Vinhas.

BOMBÁSTICO !!! Na esteira das investigações, o Ministro Mercadante tomou conhecimento que ANGRA 2 opera há mais de uma década sem a devida e necessária "autorização de operação permanente".

Diante de tais denúncias, o GRITO DO CIDADÃO requer sejam IMEDIATAMENTE adotadas medidas de prevenção e segurança do complexo nuclear, protegendo a todos os cidadãos que lá residem ou trabalham, bem como, sejam na mesma ótica SUMÁRIA, apuradas todas as responsabilidades dos envolvidos.

ISTO É UM ABSURDO !!!!

O GRITO DO CIDADÃO APOIA INTEGRALMENTE AS INICIATIVAS DO MINISTRO MERCADANTE FRENTE AS APURAÇÕES E PROVIDÊNCIAS QUANTO A EXONERAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS.

sexta-feira, 25 de março de 2011

ESTADO DE SAÚDE DO BLOGUEIRO RICARDO GAMA AINDA É GRAVE


Segundo a assessoria de imprensa do hospital Copa D'Or, o blogueiro Ricardo Gama foi submetido na noite de quarta-feira (23), a uma neurocirurgia de quase quatro horas, onde objetivava tratamento de lesão cerebral e de outros ferimentos, permanecendo o seu estado de saúde grave, mas estável, respira sem ajuda de aparelhos, porém, encontra-se sedado.

Internado em unidade de neuroterapia intensiva, naquele hospital e sem previsão de "ALTA", pretendem os médicos reavaliarem seu caso neste sábado.

RELEMBRANDO: O crime aconteceu na rua Santa Clara, próximo ao Bairro Peixoto, por volta das 11h, da quarta-feira e, de acordo com a Polícia Militar, dois homens em um Ford KA se aproximaram do advogado disparando três tiros.

Ricardo Gama foi conduzido por testemunhas e mesmo ferido ainda chegou lúcido ao hospital Copa D'Or, sendo ouvido pelo Delegado, onde afirmou que recebera inúmeras ameaças.

O caso está sendo investigado pelo Delegado Antenor Lopes, da Delegacia de Copacabana - 12ª DP.

Segundo as autoridades, o Blog do Ricardo Gama sofrerá maiores atenções técnicas-investigativas, em busca de indícios que possam conduzir aos culpados pela tentativa de homicídio.

Com perfil crítico e contundente, suas matérias vão de encontro a políticas nocivas à sociedade, sejam elas praticadas pelo Governo do Estado ou da Prefeitura do Rio de Janeiro, bem como, à questão inconstitucional praticada pela OAB contra os Bacharéis em Direito, quando da exigência de aprovação no exame de ordem para o exercício da advocacia.

O GRITO DO CIDADÃO sugere que seus leitores prestigiem o trabalho deste guerreiro e companheiro de lutas, visitando o seu sitio que hoje em virtude da covardia cometida encontra-se paralisado, porém, nunca é tarde para conhecer e reafirmar o intelecto de um grande questionador:

http://ricardo-gama.blogspot.com

quarta-feira, 23 de março de 2011

HIPOCRISIA IMPERIAL: PRESIDENTE DO IÊMEN AMEAÇA " GUERRA SANGRENTA" E EUA SILENCIAM


O presidente do Iêmen, Ali Abdulá Salé (foto), afirmou nesta terça-feira (22) que o movimento oposicionista conduz o país a uma "situação insegura". Salé chegou a ameaçar os oposicionistas com o desdobramento de uma guerra civil, por causa do que ele chamou de "tentativa de golpe" por parte da oposição

"Aqueles que querem chegar ao poder através de golpes devem saber que isto está fora de questão. O país não estará seguro, haverá uma guerra civil, uma guerra sangrenta", disse, citado pela BBC.

Na última segunda-feira, vários oficiais das forças armadas declararam apoio aos manifestantes contra a ditadura. O general Ali Mohsen al-Ahmar, um dos militares mais importantes do país, ex-aliado do presidente, disse publicamente que passou para o lado dos manifestantes. Dois outros oficiais de alto escalão do Exército teriam renunciado também na segunda-feira.

Prova disso é a morte de dois soldados em confrontos ocorridos entre o Exército e a Guarda Republicana, arma de elite do presidente, travados na cidade de Mukalla, sudeste do país.

O governo de Salé tem enfraquecido a cada dia, por uma série de renúncias, desde que cerca de 50 manifestantes foram mortos a tiros numa manifestação na última sexta-feira.

Mantendo a mesma postura do egípcio Hosni Mubarak, Salé desafia os manifestantes. Uma fonte próxima do presidente disse à BBC que ele não pretende deixar o poder, onde está encastelado há 32 anos, e só admite vagamente a convocação no fim do ano de eleições. Salé desfez todo o seu gabinete no último domingo.

Os Estados Unidos, que não perderam tempo em criticar o regime do líbio Muamar Kadafi, agora não reagem com a mesma virulência. A única manifestação do regime americano foi de sua embaixada em Sanaa, que pediu aos americanos que moram no país a não saírem de casa, desde que Salé anunciou estado de emergência após massacre nos arredores da Universidade da capital que causou 45 mortes e 270 feridos.

Do Vermelho com agências

Pátria Latina

"OS SAPATOS ME APERTAM" - FIDEL CASTRO



Enquanto os reatores sinistrados despejam fumaça radiativa no Japão, e aviões de monstruosa aparência e submarinos nucleares lançam mortíferas cargas teleguiadas sobre a Líbia, um país norte-africano do Terceiro Mundo com apenas seis milhões de habitantes, Barack Obama contava aos chilenos uma fábula parecida com as que eu escutava quando tinha quatro anos: "Os sapatos me apertam, as meias fazem calor; e o beijinho que me deste levo no coração".

Alguns de seus ouvintes ficaram pasmos naquele "Centro Cultural" em Santiago do Chile.

Quando o presidente mirou ansioso o público depois de mencionar a pérfida Cuba, esperando uma explosão de aplausos, houve um silêncio glacial. Às suas costas – Ah! Feliz coincidência! – entre as demais bandeiras latino-americanas, estava exatamente a de Cuba.

Se por um segundo desse uma volta sobre seu ombro direito, teria visto, como uma sombra, o símbolo da Revolução na Ilha rebelde que seu poderoso país quis, mas não pôde, destruir.

Qualquer pessoa seria, sem dúvida, extraordinariamente otimista se espera que os povos de Nossa América aplaudam o 50º aniversário da invasão mercenária pela baía dos Porcos, 50 anos de cruel bloqueio econômico de um país irmão, 50 anos de ameaças e atentados terroristas que custaram milhares de vidas, 50 anos de projetos de assassinato dos líderes do histórico processo.

Senti-me aludido em suas palavras.

Prestei, efetivamente, meus serviços à Revolução durante muito tempo, mas nunca eludi riscos nem violei princípios constitucionais, ideológicos ou éticos; lamento não ter tido mais saúde para seguir servindo-a.

Renunciei sem vacilação a todos os meus cargos estatais e políticos, inclusive ao de Primeiro Secretário do Partido, quando adoeci e nunca tentei exercê-los depois da Proclamação de 31 de julho de 2006, nem quando recuperei parcialmente minha saúde mais de um ano depois, embora todos continuassem intitulando-me afetuosamente dessa forma.

Mas sigo e seguirei sendo como prometi: um soldado das ideias, enquanto possa pensar e respirar.

Quando perguntaram a Obama sobre o golpe de Estado contra o heróico presidente Salvador Allende, promovido como outros muitos pelos Estados Unidos, e a misteriosa morte de Eduardo Frei Montalva, assassinado por agentes da DINA, uma criação do governo norte-americano, perdeu sua presença de espírito e começou a tartamudear.

Foi certeiro, sem dúvida, o comentário da televisão do Chile ao final de seu discurso, quando expressou que Obama já não tinha nada que oferecer ao hemisfério.

De minha parte, não quero dar a impressão de que experimento ódio a sua pessoa, e muito menos ao povo dos Estados Unidos, a cujos muitos de seus filhos reconheço o aporte à cultura e à ciência.

Obama tem agora pela frente uma viagem a El Salvador, nesta terça-feira. Ali terá que inventar bastante, porque nessa nação centro-americana irmã, as armas e os treinadores que recebeu dos governos de seu país, derramaram muito sangue.

Desejo-lhe boa viagem e um pouco mais de sensatez.


Fidel Castro Ruz
21 de março de 2011
21h32

DENGUE - REFLITA SOBRE ESTE TEMA E MANIFESTE-SE !!!


Oi para todos!

Escolhi CHATEAÇÃO para mostrar neste blog as chatices que temos que enfrentar todos os dias.

Como suportar, por exemplo, o que vem acontecendo com nosso "amigo" chamado "DENGUE"?!

É aterrorizante saber que qualquer um de nós pode ser pego e detonado por esse mosquitinho e ainda depois de tantos anos em que já convivemos com ele, médicos experientes se enganam e dão diagnósticos errados, levando várias pessoas à morte.

O que podemos fazer diante dessa nova situação que está surgindo, principalmente no Rio?

A situação está alarmante, pois, para diagnosticar de pronto, nós leigos, sabemos que é necessário verificar a contagem de plaquetas no sangue, mas, caso o exame seja feito no início dos sintomas, pode haver alteração e o diagnóstico pode ser "mascarado".

Agora, já estão falando de "DENGUE TIPO 4" , e eu pergunto, e daí???? Tanto faz o tipo dele, o que nós queremos é uma solução, uma regra, digamos assim, para que os médicos saibam de pronto o que fazer para diagnosticar com exatidão essa doença e não perder mais um paciente se quer para esse "mosquitinho detonador de gente" .

Por isso, deixo essa CHATICE para reflexão...

segunda-feira, 21 de março de 2011

NOTA DE REPÚDIO CONTRA A PRISÃO DOS MANIFESTANTES NO RIO DE JANEIRO - GRUPO TORTURA NUNCA MAIS-SP


Tortura Nunca Mais-SP lança nota exigindo liberdade aos presos do Rio.

Comunicado também condena ataques dos Estados Unidos e Europa na Líbia
.


• GRUPO TORTURA NUNCA MAIS DE SÃO PAULO
R. Frei Caneca, 986 - São Paulo - SP


NOTA DE PROTESTO

O Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo soma-se aos inúmeros protestos de todo o Brasil contra a violência policial carioca e a prisão dos manifestantes que protestavam contra as posições do governo norte-americano, aproveitando a visita do presidente Barak Obama ao nosso país. Eles pediam liberdade para os presos de Guantanamo e a retirada das tropas do Afeganistão e do Iraque, no que somos inteiramente solidários. Exigimos sua soltura imediata, na medida em que as prisões podem ser consideradas políticas e ferem o direito à liberdade de opinião e expressão, garantido na Constituição.

Protestamos também contra o ataque, autorizado pela ONU, de mísseis a Trípoli, capital da Líbia, lançados de navios americanos e ingleses que, em apenas algumas horas, matou dezenas de pessoas. O povo líbio neste momento trava uma dura batalha interna para decidir seu destino e já padece de grande sofrimento. Infelizmente a decisão de atacar a Líbia foi tomada durante o primeiro dia de visita do governante americano ao Brasil. Nosso país, no nosso ponto-de-vista corretamente, se absteve de votar na ONU por qualquer sanção ou ataque à Líbia.

Não queremos a guerra nem o banho de sangue em parte alguma do mundo. Reafirmamos nossa posição a favor da vida e do respeito integral aos Direitos Humanos.


Pela soltura imediata dos presos do Rio de Janeiro


Pelo cessar-fogo interno e externo na Líbia


Pela soberania e autodeterminação dos povos


GRUPO TORTURA NUNCA MAIS DE SÃO PAULO
Rose Nogueira
presidente

São Paulo, 19 de março de 2011.

ONDE ESTÁ A MÍDA BRASILEIRA !? MANIFESTANTES CONTRA OBAMA SÃO HUMILHADOS EM PRESÍDIOS E TÊM SUAS CABEÇAS RASPADAS


O GRITO DO CIDADÃO INDIGNADO COM A HIPOCRISIA E SUBMISSÃO DA MÍDIA BRASILEIRA, VEZ QUE TRATA COM ÊNFASE A VISITA AO RIO DE JANEIRO DO PRESIDENTE DOS EUA, E NO ENTANTO, NÃO DIVULGA COM MESMO DESTAQUE OS REFLEXOS DESSA TURBULENTA E OBSCURA APARIÇÃO IANQUE.

ONDE ESTÃO OS JORNAIS E A TELEVISÃO BRASILEIRA, QUE NÃO FALAM NADA A RESPEITO DA ARBITRARIEDADE COMETIDA CONTRA OS NOSSOS COMPATRIOTAS PRESOS E AGORA HUMILHADOS NOS PRESÍDIOS!?

ABAIXO, REPASSAMOS A TODOS OS NOSSOS LEITORES, MATÉRIA DISPONIBILIZADA PELO PSTU, ACOMPANHEM:


Grupo que está em Ary Franco foi obrigado a raspar a cabeça, como em Guantánamo. Senhora de 69 anos também foi presa

• Na sexta-feira, 18, após um protesto em frente ao Consulado dos Estados Unidos, 13 pessoas foram presas. Depois de passar a noite na cadeia, nove homens foram levados aos presídios de Ary Franco, onde foram obrigados a raspar a cabeça.

A imagem lembra as fotos dos presos políticos em Guantánamo, base norte-americana em Cuba, marcada pelo absoluto desrespeito aos Direitos Humanos. “Estamos vendo a situação se repetir aqui no Rio. Por causa da vinda de Obama, inocentes estão presos desde sexta-feira. São os presos políticos de Cabral e Dilma”, protesta Cyro Garcia, presidente do PSTU, partido que tem 10 militantes nos presídios.

“O que está acontecendo é simplesmente inacreditável. Não vejo porque eles continuam presos”, afirma Aderson Bussinger, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, que acompanha o caso. De fato, é difícil supor que o menor J. , de 16 anos, ainda permaneça em um Centro de Triagem, na Ilha do Governador. Ou encontrar os motivos que fizeram o juiz de plantão considerar que Maria de Lourdes Pereira da Silva, de 69 anos signifique uma ameaça ao presidente dos Estados Unidos e sua comitiva.

A senhora, que também é conhecida pela torcida do Fluminense como “Vovó tricolor”, pela assiduidade aos jogos, estava passando pelo Centro do Rio, na sexta-feira, quando concordou com o motivo do protesto e se juntou ao grupo que dizia “Obama, go home”. Depois que um coquetel molotov foi jogado contra o Consulado, ela terminou presa, assim como outras 12 pessoas que apenas ouviram o barulho do artefato explodindo e o avanço policial. Desde a manhã de sábado, ela divide uma cela em Bangu 8 com Gabriela Proença da Costa, estudante de Artes da Uerj, e a professora Pâmela Rossi, que estavam no ato, e outra detenta.

Neste domingo, pouco antes da chegada de Obama no Theatro Municipal, uma passeata com 800 pessoas foi até a Rua do Passeio, onde um ato exigiu a libertação dos 13. Muitos amigos do estudantes estavam lá, e parentes dos presos. Cirlete Proença, que tem um casal de filhos presos, discursou no ato, e emocionada, comparou os dias de hoje com os da ditadura militar.

A arbitrariedade tem despertado muitos gestos de solidariedade. O forte calor deste domingo não impediu a presença no ato dos advogados Marcelo Cerqueira e Antonio Modesto da Silveira, símbolos na defesa dos presos políticos na ditadura. Modesto, de 84 anos, chegou a ser sequestrado pelo DOI-CODI e é autor da Lei da Anistia. Parlamentares, inclusive o senador petista Lindberg Farias, também protestaram e fizeram uma nota.

Nesta segunda, um ato será realizado no campus do Fundão da UFRJ, pela liberdade dos presos, e contará com a presença de juristas e professores da Faculdade de Direito. A campanha para libertar os 13 também chegou a internet. Uma petição online já recebeu quase 5 mil assinaturas em apenas dois dias e uma charge do cartunista Latuff está sendo reproduzida em sites do mundo todo e nas redes sociais.

Os advogados do PSTU preparam um novo pedido de liberdade, apoiados agora pelo fim da visita de Barack Obama. “Mas não queremos só a libertação. É preciso que as acusações sejam retiradas, para que eles não sejam presos no futuro. Não é crime participar ou organizar um protesto pacífico”, diz Cyro Garcia.

De: PSTU - Gustavo Sixel da redação

domingo, 20 de março de 2011

ALIANÇA IMPERALISTA DE DEZ ESTADOS COMEÇOU ATAQUES AÉREOS CONTRA A LÍBIA



Líbia - Direitos nacionais e imperialismo

Diário Liberdade - Duas horas depois da reunião que abria passagem ao ataque contra o governo líbio, aviões franceses iniciaram o bombardeio de posições líbias, abrindo a ofensiva da OTAN pelo controlo do país norte-africano.

A resolução da ONU aprovada sexta-feira à noite pelo Conselho de Segurança foi seguido de um ataque imediato contra as forças de Kaddafi, enquanto muitos estados árabes e ocidentais situam forças navais e aéreas a disposição das operações imperialistas.

Não só os aviões franceses bombardearam território líbio, também as tropas ianques terão lançado já seus primeiros mísseis Tomahawks contra objetivos não identificados, segundo informações de emissoras ao serviço do Pentágono, como NBC e CNN.

Até agora, EUA, Reino Unido, França, Espanha, Bélgica, Dinamarca, Itália, Malta, Qatar e um outro país árabe ainda não identificado, supostamente os Emirados Árabes Unidos, participam na logística da ação militar contra as tropas do coronel Kaddafi, que já começou contra ataques supostamente dirigidos às posições dos tanques governamentais que tentavam chegar à principal cidade em maos das milícias opositoras ao governo.

O anúncio de coronel Muamar Kaddafi decretando um cessar-fogo não impediu o ataque dos aviões de combate franceses contra as tropas governamentais líbias, enquanto o chefe do Estado desse país anunciava que os estados atacantes "vão lamentar a sua intromissão em assuntos internos líbios". Não parece ter sido por acaso que a resolução e o ataque chegam quando a queda de Bengasi, último reduto da oposição, era iminente. O imperialismo intervém evitando que o ex-aliado e novo inimigo, Muamar Kaddafi, possa retomar o controlo da situação em todo o país.

A resolução do Conselho de Segurança da ONU, que contou com abstenções significativas (Alemanha, Índia, China, Rússia e Brasil) fala de "impedir a penetração de aviões líbios na zona de exclusão aérea", o que é considerado um eufemismo da licença para matar, o que seria confirmado pela inexistência de qualquer violação desse espaço por parte das tropas líbias prévia ao início do ataque militar de hoje.

Forte presença militar às portas da Líbia

As forças militares dos EUA já situaram dois esquadrões com um total de 40 aviões de combate F-16 em Aviano, Itália, prontos para o ataque. Em frente à costa da Líbia, os ianques têm o porta-helicópteros "USS Kearsarge", três destrutores, um navio anfíbio de desembarco e um submarino de propulsão nuclear. Todos eles fortemente armados com mísseis.

Segundo fontes militares de EUA, inclusive as armas mais poderosas já estão de caminho para o Mediterrâneo. Isto inclui, entre outros, os novos aviões F-22 e o port-aviões "USS Enterprise", o que pode anunciar um grande massacre dirigido pela OTAN contra o povo líbio.

Com Sarkozy como principal defensor do ataque, também as forças armadas francesas se preparam em suas bases militares ao longo da costa do Mediterráneo e a ilha da Córsega. O porta-aviões "Charles de Gaulle", com 35 aviões de combate nas redondezas da Líbia.

Por sua vez, o exército britânico tem duas fragatas perto da costa da Líbia, além de grande número de helicópteros de combate, aviões de reconhecimento e bombardeiros prontos para o combate em uma base militar da Malta. Outros equipamentos militares, incluindo aviões de combate, já se transladaram desde o Reino Unido para a referida ilha mediterrânica, para a Itália e eventualmente para a Grécia.

Quanto ao Estado espanhol, o outrora "antibelicista" Rodríguez Zapatero também quer participar no saque do petróleo e o gás líbios, daí que tenha oferecido aviões de combate e várias embarcações para militares para ajudar na operação. Também as bases militares espanhóis foram postas a disposição da operação imperialista.

O Governo da Bélgica anunciou a participação com seis aviões F-16 de combate, a Dinamarca seis caças F-16, e está pendente a confirmação do envolvimento direto de aviões de combate belgas e dinamarqueses.

Curiosamente, Itália e Malta, os Estados europeus mais próximos da Líbia, ainda não se comprometeram oficialmente com pessoal ou equipamento militar a um ataque contra as forças de Kaddafi que já está em andamento. No entanto, ambos governos abriram suas bases aéreas e portos à aliança imperialista e o mais provável é que os ataques aéreos contra a Líbia partam da Malta e da Itália.

A única nação árabe que até agora anunciou oficialmente sua participação na operação de luta contra a Líbia é Qatar. Outra nação árabe - provavelmente os Emirados - jogará um papel vital no controle da zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

Outros países estão mostrando sua disposição a ajudar nas operações militares contra a Líbia. A Grécia e Chipre poderiam abrir logo seus portos e aeroportos para as operações militares. A Noruega e a Holanda indicaram que podem enviar aviões de combate. A Lituânia ofereceu um avião de transporte militar. A Suécia disse que oferecerá ajuda se receber um pedido da OTAN.

Entretanto, os vizinhos mais próximos de Líbia estão evitando uma participação ativa na intervenção bélica. A Tunísia não participa na operação. Egito também se abstém, mas está proporcionando armas e outros fornecimentos aos rebeldes baseados em Bengasi.

No meio do fogo da ditadura de Kaddafi e os assassinos da OTAN, o povo líbio poderá ser a próxima vítima da cega violência do imperialismo, que unicamente aspira a tomar conta dos recursos naturais e situar à frente do país um fantoche disposto a entregar esses recursos. Nesse objetivo, a destruição da Líbia poderá ser só mais um recurso, como já vimos, recentemente, em casos como o do Iraque ou o Afeganistão.

Porque a OTAN não intervém contra as outras ditaduras da região?

Sarcasticamente, o presidente norte-americano afirma que ordenou ataques "para proteger a população civil". A história mais recente e a anterior dizem-nos que a população civil é a principal vítima deste tipo de operações de castigo, e que os verdadeiros interesses têm pouco que ver com os interesses das massas dos países atacados. A da Líbia, infelizmente, não será uma exceção.

Por último, convém assinalar uma obviedade que não deixa de ser bem eloquente: No Bahrein, Arábia Saudita, Iémen, Marrocos e restantes ditaduras cleptocráticas da região, não vai haver intervenção militar do imperialismo, apesar de que a cada dia somam novas vítimas da repressão e inclusive intervenções militares de uns estados contra os povos dos governos "amigos", como vimos com a intervenção militar saudita no Bahrein.

A hipocrisia dos estados capitalistas ocidentais não tem limites: a sua crueldade também não, e o povo líbio é a próxima vítima das suas ânsias predadoras.