segunda-feira, 15 de junho de 2015

FORAGIDO SE ENTREGA À POLÍCIA

Primo do tucano Beto Richa se entrega à polícia



O empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), se entregou por volta das 22h dessa quinta-feira (11) na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao Ministério Público, em Londrina (PR).

Segundo o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, Antoun ficará preso na Penitenciária Estadual de Londrina.
tucanomalandroO empresário é suspeito de participar de um esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná. Ele era considerado foragido desde quarta-feira (10), quando foi decretada sua prisão. “Existem indícios de que o Luiz Abi Antoun indicava pessoas para cargos da Receita, determinava se haveria ou não uma fiscalização e sugeria aos fiscais que fossem pedir dinheiro e corromper. Apesar de não ser funcionário público, era uma influência [no esquema]”, afirma Batisti. O governador diz que Antoun é um “primo distante”.
Ao todo, a Justiça expediu 68 mandados de prisão, como parte da segunda fase da Operação Publicano, que investiga esquema de corrupção e sonegação fiscal na receita do Paraná. Auditores são suspeitos de exigir dinheiro de empresários para abater ou anular dívidas.
Até a manhã desta sexta-feira (12), 50 mandados já haviam sido cumpridos. Até a noite desta quinta, Antoun era considerado foragido. Abi Antoun, que já foi assessor parlamentar de Richa, é considerado um dos mais importantes membros da organização criminosa, segundo denúncia dos promotores.
“É evidente que Luiz Abi Antoun atua não apenas como ascendência sobre os maiores escalões da Receita, mas também com toda sua influência política no governo estadual”, segundo trecho da denúncia do Gaeco.
O documento traz foto de Richa ao lado de Abi Antoun e de Márcio de Albuquerque Lima, companheiro de corridas do governador e ex-inspetor geral de fiscalização da receita. Lima foi preso na quarta-feira. A denúncia também aponta que dinheiro da propina recolhida dos empresários abasteceu a campanha de reeleição de Richa, em 2014. O PSDB e o governador tucano negam a denúncia.
“É uma super organização criminosa na Receita que extrapola os limites do município [Londrina]”, diz o promotor Renato de Lima Castro.
Abi também é protagonista de outra operação do Gaeco, a Voldemort, que apura fraude em licitação para manutenção de veículos oficiais do governo.

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