CAIRO (Reuters) - Israel retirou seu embaixador do Cairo neste sábado, um dia depois de manifestantes terem invadido sua representação diplomática na cidade. A decisão desencadeou a pior crise diplomática para o conselho militar que governa o Egito desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak, há cinco meses.
Três pessoas foram mortas e 1.049 ficaram feridas em confrontos entre manifestantes e a polícia, informou o Ministério da Saúde do Egito.
O governo norte-americano instou as autoridades egípcias a proteger a embaixada, após manifestantes mexerem em documentos confidenciais e retirarem a bandeira israelense do prédio. Os EUA entregaram bilhões de dólares em ajuda militar ao Egito desde que o país firmou um acordo de paz com Israel, em 1979.
Pedaços de concreto e invólucros de balas estavam espalhados pela rua. A polícia deu tiros para o alto e lançou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão depois que os manifestantes incendiaram pneus e pelo menos dois veículos perto da embaixada, localizada nos andares superiores de um edifício residencial que tem vista para o rio Nilo.
O corpo de um dos três mortos estava no hospital Agouza, onde um repórter da Reuters viu um cadáver com o peito perfurado.
Cerca de 500 manifestantes permaneceram na área depois do amanhecer e uns poucos atiraram pedras contra a polícia, que gradualmente os empurrou para fora e garantiu a segurança da área.
Essa foi a segunda onda de violência na embaixada desde que cinco guardas egípcios foram mortos no mês passado quando Israel repeliu um ataque em seu território, que atribuiu a militantes palestinos. Depois disso, o Egito chegou a ameaçar retirar seu embaixador de Israel.
De: Jornal Extra
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