Witzel diz que Bolsonaro 'passou dos limites' e que vai à Justiça: 'Quem não deve não teme'.
Wilson Witzel (PSC), afirmou que vai acionar Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) devido às afirmações do presidente no lançamento do seu partido, hoje, em Brasília. O governador do Rio também disse que "quem não deve não teme".
Em seu discurso na convenção da “Aliança pelo Brasil”, Bolsonaro acusou Witzel de manipular as investigações da Polícia Civil sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, que aconteceu em 2018. O presidente também disse que sua “vida virou um inferno” depois que Witzel foi eleito.
— Ele (Bolsonaro) está acusando um governador de manipular a polícia do seu Estado. A polícia do Rio é independente. Infelizmente, o senhor Jair Bolsonaro passou dos limites. Eu vou tomar providencias judiciais contra ele, vou iniciar uma ação penal para que ele responda pelos seus atos tentando me acusar de fatos que eu não pratiquei.
O governador do Rio também disse que “tem a consciência tranquila” e que não poderia manipular a polícia para impedir que investigações fossem realizadas.
— Se o Flávio Bolsonaro está sendo investigado, se esse processo da Marielle tem um fato que envolve a casa do presidente, isso não compete a mim, e sim ao Ministério Público, que tem independência, à Polícia Civil, que no nosso governo ganhou independência. Quem não deve não teme. — emendou o governador.
Críticas a Moro
Witzel também criticou o ministro da Justiça, Sergio Moro, que defendeu a federalização do caso Marielle e classificou a citação de Bolsonaro na investigação como “disparate”.
— [É indevido] o próprio ministro da Justiça fazer afirmações levianas de que há indícios de fraude (na condução da investigação sobre o assassinato de Marielle). O processo está em segredo de Justiça, eu não tive acesso. Acredito que o ministro também não tenha tido acesso. Se ele teve, está falando além daquilo que deveria falar. Não podemos admitir a interferência do governo federal, do presidente da República, no Estado do Rio. Não podemos ser penalizados por quem quer que seja, por questões pessoais — disse.
O governador também classificou como "indevido" o inquérito instaurado, por ordem de Moro, para apurar a citação de Bolsonaro na investigação do assassinato de Marielle e disse que a "federalização do caso não é necessária".
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